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música

Falamos com a Lali sobre latinidade, fãs brasileiros e Caliente, seu novo single com a Pabllo

Ela canta, dança, compõe, é uma fofa, é divertida, e é argentina. Em resumo, é maravilhosa. Se você ainda não sabe de quem estamos falando, é bom ficar esperto, pois se há alguém que você precisa conhecer vindo de terras porteñas, esta pessoa é Lali Esposito.

Em sua primeira vez no Brasil, batemos um papo com ela, que acaba de lançar o disco Brava. Além de contar que a música brasileira é algo bastante presente em sua vida, Lali nos deu indicações do que ouvir na música argentina e disse ter ficado surpresa com o apoio dos fãs, que a seguiram por todas as partes – inclusive, durante as filmagens de seu novo single ao lado do cristalzinho Pabllo Vittar.

O papo rendeu. Rendeu tanto que vamos dar spoiler: Lali também deu algumas pistas do que esperar do clipe de Caliente e falou sobre como sua carreira de atriz (ela já participou quando criança da versão argentina de Chiquititas) surte efeito em suas produções musicais.

Foi uma delícia, vem ler!

Papelpop: Lali, esta é a sua primeira vez no Brasil, certo? Não posso deixar de te perguntar como você foi recebida, se fizeram as honras da casa!

Lali: Sim (risos)! Fui muito bem recebida, sabe, tinha muitos fãs no aeroporto e isso é raro de acontecer, porque estamos vindo para promover! Tenho um fandom brasileiro muito forte que está sempre aí, que é expressivo. Estou sempre estou vendo suas publicações, lendo o que me escrevem e ainda recebo tantos presentes! Mas veja, vir até aqui é diferente, eles estavam prontos para me receber e estiveram todos estes dias atrás de mim enquanto trabalhava no clipe. Espero voltar logo!

No Brasil, há una predileção pela música em inglês, mas vejo que isso tem mudado nos últimos anos. Como artista, sendo alguém que vê tudo do lado de lá, você acha também que o público também abraçou a música latina de uma forma mais intensa por aqui?

Sim, de fato, quando comecei com meu primeiro disco, que foi um trabalho independente, foi uma opção. Gostava de estar envolvida em tudo, de fazer produção, de cuidar das melodias e ter um som pop que na verdade era mais funk e eletrônico. Porém parecia que eu seria obrigada a fazer algo em inglês e eu não estava muito animada, justamente por ser fã de pop em espanhol. Agora veja que isso foi somente há cinco anos. O que vimos em seguida foi um puro crescimento da música latina e do idioma, o que para mim, como produtora de música latina, como argentina, e como latina, obviamente, me dá muito prazer! Acho que todos nós temos que aproveitar bem este momento para expandir o idioma, a cultura e todas as ideias musicais modernas que estão por aí.

Agora falemos propriamente da sua visita! Nos últimos dias você gravou o clipe de Caliente com a Pabllo! Fiquei curioso: há planos de voltar ao Brasil para apresentar este dueto ao vivo?

Lali: CLARO! (risos) Ojalá logo! Ainda não sei onde, mas virei cantar Caliente, espero que minhas outras canções também. Esta canção é fruto de uma grande aproximação, graças à Pabllo que me acompanha.

https://www.instagram.com/p/BofBGniHiHL/?taken-by=laliespositoo

Vi também pelas fotos do seu Instagram que o vídeo foi filmado em uma praia, que podemos esperar uma espécie de troca de nacionalidades, de culturas… o que mais você pode adiantar?

Lali: Que me senti mal quando coloquei a camisa do Brasil (risos). Até tentei jogar com a Pabllo, mas por sorte trabalhamos com música e não com futebol! A ideia do clipe é clara, porque a vibe da canção pede algo super brasileiro e festivo. Tem algo muito pop e melodias que Pabllo propôs, então é realmente uma canção feita pelas duas e isso estará refletido no vídeo também. Cada parte que cantamos, juntas ou separadas, há algo muito próprio de cada uma e os diretores tiveram a grande ideia de trabalharmos cada uma a seu estilo e deu tudo certo. Está muito “quente”.

Você tem o hábito de ouvir música brasileira?

Muito! Da música brasileira há clássicos que nunca deixarei de escutar na vida, como Caetano Veloso e Elis Regina, eu amo sua voz, é divina, é uma das minhas artistas favoritas. Escuto muita bossa, o som de vocês está muito presente. Dos contemporâneos, tem Anitta, que super admiro pelo que ela conseguiu alcançar nos últimos anos. Cantei com ela em Buenos Aires, me pareceu super linda. Toda essa energia que os artistas brasileiros tem me encanta! Bom, também ouço muita Pabllo, claro. Ai, foi um sonho trabalhar com ela.

Mas e quanto à música argentina? Eu adoraria receber uma indicação sua…

Deixe-me pensar… é diferente, eu recomendaria um duo pop que gosto muito. Se chama Miranda! Eu os amo! São pioneiros do pop rock na Argentina e bom, se ainda não os conhecem, eu os recomendo!

Boa! E já que falamos tanto de Brasil, de música… você participou de uma das versões de Chiquititas, na Argentina, que é uma novela muito famosa aqui também ~muita gente fica nostálgica (risos). Você traz boas memórias desse período?

Um monte! Comecei aos dez anos em uma série que se chamava Rincón de Luz, que era Chiquititas, mas com outro nome (até a criadora era a mesma). E comecei minha vida neste universo, era muito criança, mas já estava atuando e cantando. Tudo o que aprendi, sei como trabalhar, como operar uma câmera, como ver se a luz está ok. Aprendi nessa ocasião. Hoje admiro muito essa valentia de Cris Morena (diretora) por ter feito algo tão grande em um universo de homens, por se impor com um projeto tão forte, distinto e mágico em uma época em que não se falava com o público jovem na América Latina tão diretamente. fico pensando “eu participei disso!” e é genial. E também tenho que dizer que para mim como criança foi pura festa, pois estava sempre rodeada de amigos, me divertindo.

Bom, como atriz, você também já transitou em várias áreas do áudio-visual, indo para o cinema também, por exemplo. Adoraria saber se isso se reflete de alguma forma na hora de criar o conceito dos seus clipes.

Sim, sou muito visual! Há algumas canções que criei que vieram inclusive ao contrário, passando primeiro pela criação imagética, para depois serem escritas. Sempre ponho muita energia nas histórias, meu último disco está cheio disso e o anterior também.

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