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Os 13 momentos mais empoderadores da Beyoncé em 2016
O ano mal tinha começado e a Beyoncé já estava arrasando. Em fevereiro, ela apareceu no clipe “Hymn For The Weekend”, do Coldplay, teve sua apresentação com eles no Super Bowl confirmada e, quando ninguém estava esperando, ela simplesmente lançou “Formation”, cheio de polêmicas.
Depois, Beyoncé estreia o álbum visual “Lemonade” e deixa todo mundo maravilhado, o disco é um manifesto político, cheio de empoderamento negro e feminino.
A cantora também mostrou seu apoio a movimentos sociais, sua posição política, quebrou recordes com o novo trabalho e foi uma das artistas mais importantes de 2016.
Confira os 13 momentos mais empoderadores da Beyoncé esse ano:
1) Lançamento de “Formation”
Beyoncé liberou o novo single junto a um clipe superempoderador, onde ela celebra a cultura negra e afirma que ama suas origens crioulas, que adora seu próprio cabelo afro, que arrasa demais e é poderosa com seu trabalho duro.
Além disso, ao revisar os acontecimentos do furacão Katrina e da opressão policial em New Orleans, nos Estados Unidos, o vídeo ganhou um peso também como crítica social.
O clipe tem várias mensagens, como “Parem de nos matar” grafitado na parede de uma cena, um jornal com o discurso de “Eu Tenho um Sonho”, do Martin Luther King, Beyoncé toda de preto (como um sinal de luto) mostrando o dedo do meio. Tudo isso contrastando com a cidade devastada de New Orleans.
A estética parece muito a do premiado filme “12 anos de Escravidão”, com um aspecto de que ainda estamos no passado e muita coisa ainda precisa mudar.
2) Poderosa apresentação no Super Bowl
Beyoncé fez um show incrível no evento de maior audiência dos EUA. Ela fez uma apresentação completamente política, com referências ao movimento “Black Lives Matter”, que luta pelo fim da violência contra os negros nos EUA, Malcolm X e dos Panteras Negras.
Bey e suas dançarinas trajavam uniformes pretos e boinas, menção ao Black Panther Party, ou o Partido dos Panteras Negras, que surgiu nos anos 1960 na Califórnia como uma tentativa de proteger os guetos e seus residentes, negros, da violência da polícia branca da época.
Durante a coreografia e posando para fotos, elas fizeram um movimento em homenagem a eles (o braço pra cima com o punho fechado). Veja na foto abaixo:
Beyoncés dancers in black berets at #SB50 paying homage to the Black Panthers 50 years after their #formation in ’66 pic.twitter.com/YXpzBkkm6s
— The Dream Defenders (@Dreamdefenders) 8 de fevereiro de 2016
A homenagem marca os 50 anos desde a formação dos Panteras Negras. De caráter nacionalista e revolucionário e apesar de ter sido muito influente nos anos 60, o grupo sofreu perseguições do FBI.
Uma vertente do partido era mais radical e inclusive defendia luta armada contra a polícia, o que gerou inúmeros tiroteios que seguiram com muitas mortes, em ambos os lados, lá pelos anos 1970.
As dançarinas também fizeram um cartaz escrito “Justiça para Mario Woods”, um homem de 26 que foi baleado por policiais em São Francisco – cidade sede do Super Bowl 2016.
Beyonce’s dancers paid tribute to #MarioWoods, black man killed by San Francisco police. #SB50 #BlackLives pic.twitter.com/m2Pl9i5qKL
— Jamilah King (@jamilahking) 8 de fevereiro de 2016
Também durante a apresentação, Beyoncé e suas dançarinas formavam um X durante a coreografia no meio do gramado. Muita gente interpretou como uma homenagem a Malcolm X, que junto com Martin Luther King foi um dos líderes mais importantes do combate à desigualdade social e fez muito pelos direitos dos negros nos EUA.
A letra de “Formation” é completamente voltada à cultura afro-americana e a apresentação também foi sobre isso:
Na mesma semana do Super Bowl, Jay-Z, marido da Beyoncé, doou US$ 1,5 milhão, dinheiro que ele arrecadou em um show beneficente, para o movimento Black Lives Matter.
3) Beyoncé agradece jornalista que entendeu a mensagem de “Formation”
O lançamento do clipe “Formation” e a apresentação no evento esportivo causaram muita polêmica no começo do ano, nos Estados Unidos. Muitos veículos consideram um afronte aos policiais norte-americanos.
O ex-prefeito de Nova York, Rudy Giuliani, por exemplo, disse em entrevista (via CNN), que Beyoncé estaria atacando os policiais com sua apresentação no Super Bowl.
“Isso é futebol, não Hollywood, e eu pensei que foi muito ultrajante que ela usou o evento como uma plataforma para atacar policiais, que são as pessoas que protegem ela, e que nos protegem, e que nos mantém vivos”
A cantora e o Super Bowl foram até mesmo ameaçadas de boicote por fãs de futebol americano, que na época tinham marcado um protesto durante um evento da Liga Nacional de Futebol, a NFL na sigla em inglês, que organiza o evento esportivo.
“Você está ofendido, como um americano, por Beyoncé ter levado sua batalha racial para o Super Bowl? Você concorda que foi um tapa na cara do apoio às leis? Venha e vamos nos manter unidos. Vamos dizer à NFL que nós não queremos discursos sobre ódio e racismo no Super Bowl novamente”, diz o anúncio do protesto, também publicado em reportagem da CNN.
Enquanto alguns criticam a cantora, outros entendem que a intenção dela foi um legítimo protesto. Jenna Wortham, da New York Times Magazine, escreveu sobre o trabalho de Beyoncé e prestigiou a mensagem – leia o texto dela na íntegra aqui.
“Como sempre, um lançamento surpresa de Beyoncé opera por múltiplos vetores, e ‘Formation’ não é apenas sobre brutalidade policial – é sobre a totalidade da experiência de ser negro nos Estados Unidos em 2016, o que inclui padrões de beleza, (des)empoderamento, cultura e as partes compartilhadas da nossa história”
Em meio tanta crítica, Beyoncé escreveu uma mensagem a mão à jornalista, agradecendo-a por ter entendido o seu coração.
“Querida Jenna, obrigada pelas belas palavras que você escreveu sobre ‘Formation’. Obrigada por entender o meu coração. Com amor, Beyoncé”
“Love, Beyoncè” pic.twitter.com/rJTD8UAS1r
— Jenna //\\ Wortham (@jennydeluxe) 10 de fevereiro de 2016
4) Beyoncé lança o álbum visual “Lemonade”
Queen B liberou apenas uma música do novo trabalhou e ela causou muito! Quando ela lançou o disco inteiro, o mundo parou para assistir – sim, porque foi o álbum visual.
Beyoncé estreou as doze faixas de “Lemonade” em um trabalho incrível na HBO. Com colaborações de The Weeknd, Jack White, James Blake e Kendrick Lamar. A sequência de clipes foi exibida na HBO e foi um grande espetáculo de empoderamento feminino e igualdade racial.
A cantora empoderou sua cultura e as mulheres – principalmente as mulheres negras. Apesar de todo esse poder, os vídeos trazem um lado mais íntimo, mostrando Beyoncé com sua família, por exemplo.
Não só isso, ela também reforçou seu apoio ao movimento Black Lives Matter, ao exibir imagens das mães que tiveram seus filhos mortos.
O nome do álbum, “Lemonade”, vem de uma superstição antiga em que negros acreditavam que beber limonada iria clarear a pele.
Mais que um disco, Beyoncé fez um íntimo protesto ao longo das doze faixas de “Lemonade”. O trabalho é regado de rap, batidas pesadas, música dançante e gospel.
5) Bey responde às críticas de “Formation”
Em entrevista à revista Elle, a cantora resolveu falar sobre as errôneas críticas sobre o single “Formation”.
“Bom, eu sou uma artista e acho que a arte mais poderosa geralmente é mal compreendida. Qualquer um que entendeu minha mensagem como anti-policiais está completamente equivocado. Eu tenho uma grande admiração e respeito por eles e suas famílias, sei que muitas vezes eles sacrificam suas vidas para nos manter seguros”
A cantora reforçou o que pretendia passar com sua música e o que ela defende:
“Vamos ser claros: Eu sou contra a brutalidade policial e também a injustiça. São duas coisas diferentes. Se celebrar minhas raízes e minha cultura durante o “Black History Month” fez alguém se sentir desconfortável, esses sentimentos negativos já estavam lá muito antes de mim ou do vídeo ser lançado. Estou muito orgulhosa deste trabalho e das conversas que remetem a tais questionamentos de uma forma positiva”
6) Beyoncé ironiza protestos contra ela
Lembra que citamos sobre o boicote que Beyoncé sofreu? Então, a cantora achou uma ótima forma de mudar essa situação.
Diversos produtos com os dizeres “Boycott Beyoncé” (Boicote Beyoncé) foram confeccionados para venda, ironizando o sindicato policial dos Estados Unidos, que pediram um boicote a ela após sua apresentação no Super Bowl.
Spotted at the #formationworldtour merch booth – “Boycott Beyoncé” shirts ? pic.twitter.com/FaL4vtIE0A
— USA TODAY Life (@usatodaylife) 28 de abril de 2016
Além de camisetas, a frase foi estampada em capinhas de celulares. Foi o jeitinho que a inteligência da cantora encontrou para reverter essa onda de protestos. E a ideia foi ótima, vai!
More #FormationWorldTour Merch! pic.twitter.com/dq9Lr4lree
— BEYONCÉCAPITAL (@BeyonceCapital) 27 de abril de 2016
7) Beyoncé faz história com “Lemonade”
Todas as músicas – sim, TODAS as 12 faixas – do álbum foram parar na parada Hot 100 da revista Billboard, dando um novo recorde para a Queen B.
É a primeira vez que uma artista feminina consegue colocar 12 músicas ao mesmo tempo na parada. Antes da Bey, só a Taylor Swift tinha emplacado 11 músicas no Hot 100 em 2010, com o seu álbum da época, o “Speak Now”.
O álbum “Lemonade” fez a sua estreia no ranking Billboard 200 em primeiro lugar, com o equivalente a 653 mil vendas. Poderosa mesmo!
8) O clipe “Formation” ganha Leão de Ouro em Cannes
Beyoncé veio mesmo para zerar 2016. Depois de quebrar um recorde na Billboard, a cantora ainda faturou um Leão de Ouro, em Cannes, com “Formation”.
Pela primeira vez, a premiação contou com o Cannes Lions Entertainment for Music, dedicado completamente à música.
O trabalho foi mais que honrado recebendo o prêmio Excellence In Music Video (Vídeo Clipe de Excelência). Na mesma categoria disputavam também “Hello”, da Adele, e “Blackstar”, do David Bowie.
9) Homenagem às famílias das vítimas de Orlando durante a “Formation Tour”
Em junho, a cidade de Orlando foi tomada por uma terrível tragédia. No dia 12/06, um atirador entrou numa boate LGBT, matou 49 pessoas e feriu outras 53. Foi um dos atentados mais brutais em toda a história dos EUA.
Beyoncé se fragilizou com o ocorrido e durante um show em Detroit (14/06), ela dedicou a música “Halo”, não só para as vítimas do ataque, mas as suas famílias.
10) Bey sobre Black Lives Matter
Este ano, um dos maiores expoentes da luta pelo fim da violência contra os negros foi a rainha Beyoncé, que tem feito crítica social em forma de música.
A cantora fez um emocionante texto pedindo pelo fim da violência com frases como “parem de nos matar” e diz que os negros dos Estados Unidos não precisam de simpatia, e sim de respeito às suas vidas:
“Nós estamos cansados dos assassinatos de jovens homens e mulheres da nossa comunidade. Cabe a nós nos manifestar e exigir que eles ‘parem de nos matar’. Nós não precisamos de simpatia. Nós precisamos que todos respeitem às nossas vidas. Nós vamos nos erguer como uma comunidade e lutar contra qualquer um que acredite que assassinatos ou qualquer tipo de violência feita por aqueles que deveriam nos proteger deveria ficar sem punição. Esses roubos de vida fazem nós nos sentirmos sem esperança e sem ajuda, mas nós temos que acreditar que estamos lutando pelos direitos da próxima geração, para os próximos jovens, homens e mulheres, que acreditam no bem. Essa é uma luta humana. Não importa sua raça, gênero ou orientação sexual. Essa é uma luta por qualquer um que se sinta marginalizado, que está batalhando por liberdade e direitos humanos”
11) Beyoncé homenageia policiais mortos em Dallas
Depois de um emocionante texto falando sobre a violência contra negros nos Estados Unidos, Beyoncé voltou a se manifestar na internet para pedir paz nos país. Ela publicou um vídeo em homenagem aos policiais mortos durante uma manifestação.
Durante um protesto contra o racismo e violência em julho, cinco policiais foram mortos, e outros sete ficaram feridos na cidade de Dallas, nos Estados Unidos. Beyoncé então decidiu prestar um tributo, ao publicar um vídeo em que os nomes das cinco vítimas são exibidos.
“Que descansem em paz os policiais que tiveram suas vidas insensatamente tiradas em Dallas. Estou rezando por uma recuperação total para os outros sete feridos. Nenhuma violência vai criar paz. Toda vida humana é valiosa. Nós temos que ser a solução. Todo ser humano tem o direito de se reunir em um protesto pacífico sem sofrer mais violência desnecessária. Para efeito de mudança, temos que mostrar amor e paz na cara do ódio e da violência”
https://www.instagram.com/p/BHoCygChuFj/
12) Beyoncé enaltecendo os estilistas da “Formation Tour”
Protestos, homenagens e críticas são formas de poder, mas Beyoncé sabe que tem muitas outras. Um jeito singelo de mostrar todo o empoderamento de sua equipe de moda da “Formation Tour” foi através de um lindo vídeo enaltecendo os figurinos da turnê.
Queen B usou roupas das grifes Roberto Cavalli, Givenchy Haute Couture by Riccardo Tisci, Gucci, Charbel Zoe Couture, Balmain e Atsuko Kudo. E fez questão de mostrar o incrível trabalho deles e como a deixaram ainda mais poderosa!
13) Discurso no comício de Hillary Cliton
Beyoncé cantou “Formation”, “Freedom”, “Diva”, “Bow Down” e mais músicas durante a reunião de candidatura da Hillary Clinton. Queen B também fez um discurso enaltecendo as mudanças que a Clinton propunha ao Estados Unidos e ressaltou como ela prezava isso para o futuro de sua filha.
Ela falou sobre a falta de oportunidades que as mulheres tinham no passado e sobre o quanto elas são fortes agora, lutando por seus direitos e prestes a mudar a história do país.
https://www.instagram.com/p/BMas3QEhqcG/
Hillary pode não ter ganho a eleição, mas as palavras da cantora continuam fazendo sentido.
Podemos dizer que Beyoncé foi um dos maiores nomes de 2016? Com certeza! Ela arrasou em discursos, homenagens e no poder!
Ah, só para fechar nossa lista: O “Lemonade” da Beyoncé foi eleito o melhor álbum de 2016 pela Rolling Stone, desbancando até o último disco do David Bowie.