Como a gente vem acompanhando aqui ao longo dos últimos dias, rola nesta semana mais uma edição do Festival de Cannes, uma das mecas do cinema e para os amantes da 7ª arte.
Além das estreias de “Bacurau”, produção dos brasileiros Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, e “Rocketman”, cinebiografia de Elton John, o evento também promoveu uma sessão especial para “Dolor Y Glória”, filme mais recente do ícone Pedro Almodóvar.
Com Penélope Cruz, António Banderas e Rosalía no elenco, o longa tem um caráter autobiográfico e foi aclamadíssimo pela crítica do festival. Em uma mesa redonda na manhã deste sábado, o cineasta, que é um grande admirador do Brasil, comentou a respeito da atual situação política que vivemos.
“Sei que o povo brasileiro passa por um momento muito difícil de sua história, mas espero que o país vá em outra direção logo”.
Almodóvar também mencionou sua paixão pelo Brasil e a amizade que mantém com o cantor Caetano Veloso e sua esposa, Paula Lavigne. Segundo ele, o apreço que sente por nossa nação é algo que vem de outras vidas.
“Visitei o Brasil com Caetano e Paula e outros amigos da música, mas ao chegar lá notei uma semelhança entre a paixão que existe no Brasil e aquilo que represento nos meus filmes. É como se meu amor pelo país fosse anterior a esse contato. Eu o amo”.
Ainda sem previsão de estreia no Brasil, “Dolor Y Glória” vem sendo considerado sua melhor produção desde “Todo Sobre Mi Madre”, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2000.
Aqui dá para assistir a coletiva completa:
Com uma fotografia berrante, o longa conta a história de um diretor melancólico que vê sua carreira em declínio. É a partir deste estado que ela começa a questionar a escolhas que fez no passado, remontando a sua infância nos anos 1060, a imigração para a Espanha, seu primeiro amor maduro e a relação que nutre com a escrita e o cinema.
Veja o trailer: