“Rocketman“, cinebiografia do ícone mór, Elton John, chega aos cinemas no próximo dia 30 de maio. Com todo um hype sendo feito em cima do longa, que já é considerado uma das produções de maior expectativa para 2019, o ator Taron Egerton, responsável por dar vida ao protagonista, foi o eleito deste mês para a capa da revista Attitude.
Além de abrir o jogo sobre o quanto interpretar o cantor foi um trabalho gratificante, Egerton também disse que a missão foi cheia de desafios.
“Não se trata de uma imitação. É a minha opinião sobre ele e em alguns pontos eu tenho algumas ansiedades que as pessoas podem não aceitar. Faço toda a parte de canto, então não há ali os vocais de Elton John. É claro que tentei imitá-lo de alguma forma, mas a maioria se parece comigo. Espero que seja excitante para as pessoas”.
Como não poderia ser diferente, as pautas ligadas à representatividade também entraram na conversa.
Com a premissa de que o filme deverá explorar os principais episódios da vida do cantor, o ator confirmou que haverá momentos bem intensos, como quando troca seu primeiro beijo com o empresário John Reid, interpretado no longa pelo ator Richard Madden.
“Há a crueza, o medo dessa experiência, mas também a alegria do primeiro beijo de Elton. É eletrizante, excitante, seu estômago está dando cambalhotas. Trato com o mesmo amor, e carinho que faria como se fosse minha primeira experiência de me apaixonar por alguém”.
Ele também confirmou que na sequência rola uma cena de sexo, ocasião em que o cantor perde sua virgindade. Dando detalhes do que podemos esperar, foi revelado que a intenção foi representar ao máximo a efervescência de um jovem amor.
“Gravamos esta cena, em que estamos os dois pelados e rolando em uma cama. Não sei se poderíamos ter mostrado ainda mais. No roteiro ela é apresentada como a perda da virgindade de Elton, quisemos fazer justiça a este momento. Eles estavam apaixonados e isso é muito bonito, não queríamos gravar como se fossemos um casal que eventualmente terminaria. Eram dois caras com vinte e poucos anos, incrivelmente atraídos sexualmente um pelo outro”.
Questionado sobre ser hétero e ainda assim representar um LGBTI+ nos cinemas, o que para gente pode ser algo ruim, o protagonista deixou claro que concorda com a ideia de que talvez um ator gay pudesse desempenhar melhor a função. Por outro lado, em sua opinião as coisas mudam quando se trata de um convite feito pelo próprio biografado.
“É fácil para mim sentar aqui como um homem heterossexual branco e dizer que eu deveria ser capaz de desempenhar um papel que quero. Mas entendo completamente porque um ator gay acharia que esta seria uma oportunidade para a qual eles seriam mais adequados. O que sinto sobre isso é que Elton me pediu para interpretá-lo em um filme sobre sua vida. Então tenho orgulho e privilégio de estar interpretando alguém que é gay. Não teria interpretado esse personagem se não achasse que poderíamos fazer um filme em que a comunidade gay assistiria e sentiria pertencente àquilo”.
Por fim, Egerton também ressaltou que possui um forte desejo de que o mundo seja mais inclusivo, especialmente no cinema.
“Quero viver em um mundo em que as pessoas estejam empolgadas em interpretar pessoas diferentes de si mesmas. Acredito que há algo de inclusivo e progressivo nisso”.
Assista ao trailer: