Mais um capítulo da série Netflix X Academia. Muita gente se incomodou com o fato de “Roma” ter sido o campeão em indicações ao Oscar, prêmio máximo da dramaturgia, neste ano. No total, o longa concorreu a dez estatuetas, entre elas a de Melhor Filme.
Os posicionamentos negativos, em sua maioria esmagadora, deram-se em virtude da ascensão de plataformas como a Netflix, que ao atingir um patamar tão alto dá um indicativo de um estado de reconfiguração da indústria atual.
Pois ainda sobre essa discussão, na tarde desta terça-feira (2), partindo da ideia de que seria feita uma reavaliação nas regras do Oscar a fim de limitar a elegibilidade de produções da Netflix, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos emitiu um alerta à Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.
Conforme a Variety, o órgão expressou preocupação a respeito do estabelecimento de novas leis ligadas à concorrência. Segundo a justificativa do documento, a aprovação de medidas que viessem a limitar a participação da plataforma na disputa poderia ser vista como uma violação de direitos, de modo a “suprimir a concorrência”.
A publicação surge como uma resposta aos relatos, recém publicados, de que o cineasta Steven Spielberg estaria planejando mudanças que cerceassem a participação de filmes produzidos por streaming na corrida pela estatueta. Caso isso acontecesse, somente produções lançadas em salas de cinema poderiam participar do prêmio.
De acordo com o chefe da divisão antitruste, Maka Delharim, estabelecer requisitos de elegibilidade para o Oscar seria elevar a premiação a um nível de concorrência injusto. Até o momento, nenhum representante da Academia comentou sobre a carta.
A gente espera que tudo fique bem!