Opinião é sempre um negócio complicado né? Rolou no último domingo (24) a entrega do Oscar 2019 e, com a ocasião, veio à tona uma série de novidades que foram bem além do fato de a presente edição não contar com um apresentador.
Caso você não saiba, esta foi a primeira vez que uma produção da Netflix, em vinte e dois anos de existência, foi indicada ao prêmio de Melhor Filme. “Roma”, que também concorria em outras nove categorias, levou três delas pra casa (incluindo a de Melhor Diretor e Melhor Filme Estrangeiro).
A conquista pode parecer simbólica, mas sinalizou uma série de problematizações quanto ao futuro do cinema e de sua indústria. Quem não curtiu nada essa ideia e pretende evitar que isso se repita é Steven Spielberg, um dos gigantes de Hollywood.
De acordo com o portal Indie Wire, o cineasta deverá recorrer à Academia para evitar que realizações do tipo sejam listadas na corrida pela estatueta, direcionando-as ao prêmio que mais lhes faria jus, o Emmy. O reconhecimento é o responsável por enaltecer os melhores da televisão.
A justificativa seria uma diferença explícita entre os lançamentos das duas vertentes. Para se ter uma ideia, foi feito um investimento de cerca de US$ 50 milhões na campanha de “Roma” para o prêmio, mesmo este tendo tido um tempo reduzido de exibição nos cinemas (somente três semanas). Outro fato que tornaria a disputa injusta é o de que a produção estaria disponível 24h por dia na plataforma, enquanto as demais restringiam-se somente ao cinema.
Uma discussão deve ser marcada no próximo mês para que aspectos relacionados a este tipo de indicação sejam revistos. A gente espera que tudo termine bem, né?