O cantor e compositor irlandês Hozier está de volta! Depois de lançar algumas músicas do disco como singles, o “Wasteland, Baby” foi lançado por completo nesta sexta (01). O álbum é o segundo do cantor, sucedendo o trabalho que trouxe o hit “Take Me To Church”, lá em 2014.
No ano passado, a gente já tinha conversado com Hozier sobre as inspirações do álbum e ele contou que seria quase uma continuação do EP que ele lançou no ano passado, chamado “Nina Cried Power”. O disco é um acerto do início ao fim, começando pela capa:
O arte é feita pela mãe do cantor, Raine Hozier-Byrne, que refez em pintura imagens criadas para ilustrar as narrativas das canções. O processo foi tão sensacional que eles fizeram até um documentário em curta-metragem sobre como tudo aconteceu:
Na música “Nina Cried Power”, lançada há alguns meses, Hozier já citava o nome de alguns artistas de blues, como Nina Simone e James Brown. Essas referências atravessam o som do trabalho todo. A produção musical fica por conta de Markus Dravs, que já trabalhou com Björk, Arcade Fire, Florence and The Machine e Coldplay.
Os pontos altos de “Wasteland, Baby!” são as músicas:
- “Almost (Sweet Music)” é deliciosa, com uma cadência cativante. Uma faixa pop com estética de blues.
- “Movement”, uma canção que progride para um hino como a famosa “Take Me To Church”
- “No Plan” é um equilíbrio perfeito entre uma melodia tranquila e um som que te faz querer dançar com um groove gostoso.
- “To Noise Making (Sing)” é deliciosa e tem uma das melhores letras do trabalho
A produção do disco está longe de ser minimalista, com várias camadas, principalmente de vocais (sendo eles do próprio Hozier ou de corais de igreja). As vozes, inclusive, têm um som bem saturado na mixagem, cheio de delays e reverbs, quase como no disco “Ultraviolence”, da Lana Del Rey.
Aliás, se você gosta desse trabalho da Lana, ou do “AM” do Arctic Monkey e da banda Black Keys, você provavelmente vai ADORAR esse disco!