Uau!
Segundo dados publicados pela Vulture, a Netflix tentou “comprar” o prêmio de Melhor Filme para “Roma”< investindo entre US$ 40 a US$ 60 milhões na campanha do Oscar. Este valor é quase quatro vezes maior que o custo de produção do longa, que ficou em torno de US$ 15 milhões.
A campanha não vingou e “Green Book – O Guia” acabou levando como melhor filme. “Roma”, contudo, venceu como Melhor Filme Estrangeiro, Melhor Fotografia e Melhor Diretor ao Alfonso Cuarón.
Uma fonte da Vulture, que é um dos votantes do Oscar, comentou:
“Pessoas com quem eu conversei não queriam colocar Roma como nº1 ou nº2 nas cédulas porque queriam mandar uma mensagem de que você não pode comprar o Oscar de Melhor Filme. Eles tinham medo do que a mensagem poderia significar para a indústria”.
A indústria cinematógrafica ainda resiste ao crescimento da Netflix, e entende a tática de exibir longas por um curto período nos cinemas para poder concorrer ao Oscar como injusta. Outra fonte disse ao veículo:
“Um voto para Roma significa um voto para a Netflix. E isto é um voto pela morte do cinema pela TV”.
“Roma” é um filme baseado nas memórias da infância de Cuarón e a relação de sua família com a empregada doméstica, Cleo (Yalitza Aparicio). Ele traça um retrato vívido e comovente dos conflitos domésticos e da hierarquia social durante as turbulências políticas dos anos 1970.