O pai de Beyoncé, Mathew Knowles, contou ao Metro que ele passou a oportunidade de Destiny’s Child trabalhar com R. Kelly, em 1998, devido a diferenças de negócios com o cantor e sua reputação.
Mathew disse que quando o grupo, na época gerenciado por ele, se encontrou com o cantor, as meninas tinham entre 15 e 16 anos de idade, e desde aquele tempo já circulavam notícias de R. Kelly ser assediador e se relacionar com menores de idade. Após o documentário de janeiro de 2019 do canal Lifetime, Surviving R. Kelly, o caso está ganhando mais visibilidade.
“Eu estava lá e minha ex-mulher Tina, também. Quando elas iam ao banheiro, Tina ia junto. A gente não tirava o olho delas”, contou Mathew sobre a preocupação de deixar as meninas sozinhas com o músico.
“A coisa com R. Kelly era, ele gostava de gravar tarde da noite, por volta da meia-noite. E o que havia de diferente em seu estúdio era que um dos quartos tinha uma suíte de gravação e ao lado era um clube, com 40 ou 50 pessoas dançando.”
“Eu pessoalmente rejeitei a música, porque eu não achei que fosse uma boa música”, disse sobre a faixa, que estaria no álbum de estreia da Destiny’s Child. “Não apenas por causa de sua reputação – era por volta de 1998 que tínhamos começado a ouvir algumas dessas coisas”.
Knowles disse “R. Kelly não era barato para colaborar, pois custava 75 mil dólares, mais custos de viagem, então estamos falando de 100 mil dólares por uma música.”
Mathew também notou que na época R. Kelly ‘era gerenciado pela Sony … e [o selo] quase forçava você a gravar com [seus] artistas.’
Vale lembrar que o grupo chegou a gravar uma música que R. Kelly escreveu – a faixa Stimulate Me que fez parte da trilha sonora do filme Life, de 1999 -, mas o pai de Bey não estava presente quando foi gravada, disse uma fonte à imprensa, acrescentando que “Mathew não queria nos álbuns oficiais de Destiny’s Child, então não apareceu.”
Aqui um trechinho da primeira parte do documentário Surviving R. Kelly: