O Google resolveu fazer uma homenagem especial nesta terça-feira (29) em sua página principal. O site de busca mais famoso do mundo está exibindo um doodle da Brenda Lee, uma militante do movimento trans no Brasil.
A data para essa ação acontecer não foi por acaso. No dia 29 de janeiro – vulgo hoje, é comemorado o Dia da Visibilidade Trans.
Brenda Lee nasceu Cícero Caetano Leonardo em 1948 na cidade de Bodocó, no interior do Pernambuco. Desde pequena, foi alvo de muito preconceito e bullying por ser mais afeminada que os demais garotos que convivia. Ao chegar em São Paulo, adotou o nome social de Caetana até se tornar conhecido pelo apelido que levou sua vida toda e pela história: Brenda Lee.
No ano de 1984, tornou-se importante no bairro do Bixiga, onde morava, ao começar a abrigar portadores de HIV. Isso se deu pois, na época, o preconceito e a desinformação sobre a doença era tamanha, tanto pelos amigos como pelos familiares dos portadores.
Em 1988, um passo ainda maior fez o nome de Brenda entrar para a história da militância trans na cidade. Palácio das Princesas ou Casa de Apoio Brenda Lee foi o nome dado a uma casa que abrigava pessoas homossexuais e portadores de HIV que foram rejeitados por suas famílias.
Em 1996, Brenda Lee teve sua luta e vida interrompida por um brutal assassinato que a levou a morte com um tiro na boca e um no peito. Mais tarde, seu corpo foi encontrado dentro de uma Kombi, em um terreno baldio.
Hoje, ela representa a luta e o combate contra o preconceito a sigla T e a AIDS.
Brenda também virou o principal tema de ascensão nas últimas 24 horas em buscas no Google Brasil. “Quem é Brenda Lee”, Brenda Lee trans morreu de quê?” e “Quem matou Brenda Lee” são as perguntas mais buscadas.