Bohemian Rhapsody, cinebiografia de Freddie Mercury nos anos em que esteve à frente do Queen, é uma caixinha de surpresas. Quem teve a oportunidade de assistir ao filme, ou ainda é fã da banda e conhece sua trajetória de cabo a rabo, sabe que o quarteto tinha uma energia criativa fora do comum.
Para além do talento na hora de fazer música e de inserir a voz inconfundível de seu frontman nas canções, o Queen também foi expert na produção de clipes.
Sem dúvida, ao lado dos grandes nomes pioneiros neste formato, como Madonna e Michael Jackson, banda fez história ao brincar e ousar em tempos em que o vídeo se consolidava como uma das maiores referências da cultura pop para todo jovem ~especialmente para os que passavam as tardes assistindo à MTV.
Pois justamente pensando nisso, reunimos dez produções para mostrar por que Freddie Mercury e sua trupe foram tão incríveis na hora de criar. Ah, e eles não estão ranqueados, tá? Fala sério, gente: é impossível sobrepor um ao outro!
These Are The Days of Our Lives
Vamos começar pelas baladas. Filmado todo em preto e branco, neste vídeo Freddie Mercury e os demais membros do Queen aparecem em poses performáticas que, em 1991, já eram parte incrustada das características da banda. Tudo bem simples, acompanhado pelos teclados e pela percussão, promovendo o efeito de uma conga delicada. Sentiu vontade de dançar agarradinho com o crush? É este o efeito!
Love Of My Life
Ainda embalados pelo romantismo, falamos de Love Of My Life. Um dos maiores clássicos do Queen, esta balada é simplesmente arrebatadora. Tanto, que seu clipe foi filmado ao vivo. Simples, com Freddie Mercury ao centro, iluminado. O público acompanha, emanando amor e enquadrado em efeitos que para a época ~o material foi lançado em 1979~ eram sensação. Ai, gente… <3
Somebody To Love
Tudo começa com uma apresentação ao vivo, mesclada a imagens de estúdio. Freddie então aparece no piano vestindo uma camisa de estampa tropical, aliado à bateria e à guitarra inconfundíveis. Somebody To Love é a mais completa sinestesia produzida pelo Queen. Experimente, depois de ver esta obra de arte, encerrada com o frontman no palco em poses icônicas, ouvir essa faixa de olhos fechados.
Crazy Little Thing Called Love
Ah, se existia algo que o Queen sabia fazer como nenhuma outra banda eram canções de amor. Para Crazy Little Thing Called Love, por exemplo, os rapazes mergulham nas influências sessentistas em looks maravilhosos ~tudo em uma vibe bem motoqueira, esperto e milimetricamente coreografada.
The Invisible Man
Uma casa com vida própria, muitos efeitos especiais que lembram o design dos primeiros video-games e, claro, um clima futurista. Toda essa combinação dá vida ao clipe de The Invisible Man, uma das produções mais legais da banda. Rola até transfiguração e a sensação de que à época, o conceito remetia aos anos 2000 dos sonhos.
Innuendo
Innuendo é uma daquelas faixas emblemáticas do catálogo do Queen que a gente para e pensa que só o eles poderiam ter tornado tão grandiosa. Igualmente cheia de efeitos especiais, a produção se passa em um cinema, onde várias pessoas assistem a imagens de conflitos ao redor do mundo. Rock bruto, orgânico e cruamente político.
Bohemian Rhapsody
Um coral surge na tela cantando suavemente os versos de uma canção imponente, dramática, belíssima! É impossível que você nunca tenha ouvido em algum momento da sua vida Bohemian Rhapsody. Uma música gigante no hall das maiores criações do rock, Freddie Mercury aposta neste clipe em um look andrógino, composto por camisa de cetim branco, calças de cintura alta e cabelos longos. É isto, não há mais nada a dizer.
Radio Gaga
A gente começa a falar sobre este clipe lembrando de um fato que, de tão icônico, já serve para defini-lo por si só: o nome de Lady Gaga saiu daqui. Uma das canções mais dançantes do Queen, Radio Gaga teve seu clipe filmado em preto e branco. Glamour oitentista, olhares penetrantes, passeio de nave espacial. Uma viagem no universo da banda para mostrar que sempre estiveram à frente de seu tempo.
The Great Pretender
Já ouviram dizer que o Queen faz parte da realiza do rock? Com Freddie Mercury montado de drag, ou ainda literalmente coroado, o clipe de The Great Pretender é a grande prova viva de que esta é uma verdade incontestável.
I Want To Break Free
O gran finale fica por conta de I Want To Break Free. Brincando com os conceitos de masculino e feminino de forma caricata, o Queen criou com este clipe um dos maiores divisores de água na apropriação artística dos conceitos de libertação sexual e de gênero. Nas imagens, Freddie Mercury mais uma vez protagonista canta ora vestido de drag, ora vestido de homem, e ainda abusa de seus talentos instrumentais, tocando trompete sobre uma pirâmide humana. Que maravilhoso, gente! Alguém ainda tem dúvida da imensidão do império deixado por essa trupe?