Ao longo desta semana o mundo todo ficou chocado com vídeos de crianças latinas sendo colocadas em cadeias infantis após os pais terem sido detidos pela imigração norte-americana.
Muita gente famosa se pronunciou e Jennifer Lopez, que tem origem porto-riquenha, também resolveu entrar no debate. Em uma thread no Twitter, a cantora encorajou todos os cidadãos do país a se unirem na luta contra o que chamou de “atrocidades” cometidas pelo governo Trump.
“Lendo as notícias sobre a separação de crianças e suas famílias. Não posso sequer pensar se fossem meus próprios filhos. Não posso imaginar um mundo onde eles pudessem ser tirados dos meus braços, levados para um lugar não muito melhor do que uma prisão fora de casa. Sinto que nunca iremos esquecer este momento na história. Sendo testemunha dessas atrocidades, é isso que somos, posso dizer com certeza. Ficar em silêncio não é uma opção. Como latina, e como vocês sabem muito bem, nascida no Bronx como uma Porto-riquenha americana”.
JLo continuou, dizendo que o discurso contrário à presença de latinos no país precisa parar imediatamente. Para ela, agora é o momento de cobrar uma posição dos governantes.
“Nós e as pessoas de diferentes raças, origens e culturas temos enriquecido este país. Mas a recente retórica e constante rejeição do que trazemos para cá tem que parar. Isto é sobre direitos humanos básicos e decência. Se você se importa com as crianças, deve se preocupar com a falta de transparência sobre esta situação desastrosa, em que assiste todo o mundo. Encorajo vocês inicialmente a ficarem a par da situação. Em seguida, ligue para o seu congressista e exija uma resposta”.
Ainda refletindo, a cantora explicou que o primeiro passo para uma solução é admitir que o problema existe antes de tomar alguma decisão drástica.
“Está tudo em nossas mãos, apoiando uns aos outros nesses tempos turbulentos, podemos permanecer no lado certo da história. O lado onde crianças estão seguras nos braços de seus pais. Ajam agora, liguem agora. Falem já, amem já!”
Na última terça-feira (22), o presidente Donald Trump revogou uma medida que impedia, em casos de prisão, a separação de pais e filhos pegos sem documentação no país.