Pabllo Vittar deu uma entrevista à revista Época e comentou sobre a versão brasileira de “RuPaul’s Drag Race”. A cantora vem sendo considerada a favorita para apresentar o programa, mas à publicação ela disse que não faria isso.
“Nunca apresentaria. Acho muita responsabilidade. Acho que a RuPaul tem que vir apresentar. RuPaul sem RuPaul não é RuPaul, é outro nome, de outra pessoa. Então eu nunca apresentaria. Nunca pegaria essa responsabilidade para mim. Para fazer uma coisa dessas, tinha que colocar alguém que fosse melhor que RuPaul, e isso não existe. Obrigada”, explicou.
Pabllo também falou sobre o fato de ter números maiores que a americana nas redes sociais. “A RuPaul nasceu numa geração em que não havia streaming, internet. Então, gente, não dá para comparar números. Vamos ser sinceras. Eu já nasci numa geração de streaming, de memes, Twitter, Instagram, Facebook, Orkut. Por tudo isso aí, eu passei. Então, não dá para comparar números. Ela é um ícone. Gente, por favor, vamos ver o tanto de coisa que ela já fez, o tanto de coisa que já representou.”
A cantora também abordou a treta de “Todo Dia”, um dos grandes hits do Carnaval de 2017, e que ajudou a estourar sua carreira. Porém, desde agosto do ano passado, a cantora está proibida de cantar a música em seus shows por causa de uma disputa pelos direitos autorais com Rico Dalasam.
Na entrevista, Pabllo foi questionada se sente falta de interpretar a música, ao que ela respondeu: “Sinto falta, pois é uma música que eu amo muito. Marcou uma parte da minha vida que eu nunca vou esquecer. Realizei vários sonhos com ela. Fico triste, porque gosto muito do Rico, do artista, da pessoa que ele é. Até hoje não entendo o que passa na cabeça dele para tudo isso acontecer. Mas desejo sucesso para ele. E haverá outros hits.”
Pabllo também falou dos dois clipes que lançou recentemente, “Paraíso”, com Lucas Lucco, e “Então Vai”, com Diplo. “Tinha que ter mais héteros iguais a eles. Quando gravei o clipe com Lucas, eu estava muito receoso. Claro que eu já o conhecia, mas, ainda assim, eu o enxergava como um cantor de sertanejo, do nicho hétero. Pensei: “Cara, como eu vou gravar um clipe com ele, quase sem roupa?”. Mas foi supertranquilo, ele me respeitou muito. Me deu liberdade para fazermos aquele trabalho lindo que vocês viram. E acho que, em nenhum momento, ele se sentiu menos hétero, ou menos másculo. Inclusive, ele disse que a masculinidade dele ficou até mais revigorada. Quando você faz um trabalho desse, nada mais te abala, sexualmente falando. E o Diplo é um querido, que eu amo muito. Nós temos uma sintonia, que é de outro mundo. Eu o amo muito e o seu trabalho também, respeito muito. Arrasamos naquele beijão.”