Nesta segunda-feira (13), nove mulheres relataram ter sofrido algum tipo de assédio no estúdio Zentropa, o qual possui Lars Von Trier como um dos sócios.
Na entrevista publicada pelo Politiken, as ex-funcionárias da empresa revelaram diversas situações de assédio envolvendo Peter Aalbæk Jensen, ex-CEO do estúdio e parceiro do cineasta nos negócios.
“Acredito que todo mundo que trabalhou para a Zentropa já foi exposto ou testemunhou alguma situação. São casos de assédio sexual ou bullying. Tudo isso está arraigado na cultura do local”, disse a ex-produtora Meta Louise Foldager Sørensen.
Segundo os relatos, já ocorreram situações em que Jensen apalpou os seios das mulheres que trabalhavam no local, além de também ter exposto elas a situações constrangedoras, como quando pedia para que lavassem grampos de mamilos e até vacinarem os porcos dele.
As ex-funcionarias também contaram para a reportagem que, nas festas de Natal, acontecia uma espécie de competição em que as mulheres que tirassem a roupa mais rápido e tivessem os maiores pelos pubianos ganhavam prêmios. Elas contaram que a medição dos pelos era feita na frente de todos.
Peter fez uma nota se justificando, dizendo que não se lembra dessas situações, mas dizendo que elas “provavelmente aconteceram”. “Estou interessado em testar limites”, disse o ex-CEO. “Não em submissão e degradação. Sei que houve momentos em que fui longe demais. E eu aceito isso. A questão é se você é um líder adorado ou não. E eu não fui um líder adorado”, completou.
Recentemente, Björk publicou um texto em seu Facebook relatando uma situação de assédio envolvendo Lars Von Trier quando atuou no filme “Dançando no Escuro”.