Há pouco mais de um ano, Charlie Sheen contou em um programa de TV americano que é HIV positivo. A ator recebeu o diagnóstico em 2011 e, até então, essa informação não havia se tornado pública.
Na manhã desta quarta-feira (11), Sheen foi ao “Good Morning America” e, pela primeira vez, comentou sobre o momento em que descobriu que era portador do vírus.
“No dia que fui diagnosticado, eu quis dar um tiro na minha boca”, disse o ator de “Two and a Half Men”. “Mas a minha mãe estava lá e eu não faria isso na frente dela, nem muito menos deixaria ela me encontrar para limpar a merda que eu fiz”.
Apesar da “epifania” que teve ao ser diagnosticado, Charlie não precisou fazer nenhuma besteira. “Eles me deram uns remédios e disseram: ‘Pode ir pra casa. Você vai viver normalmente'”, conta ele. “Se eu estivesse com qualquer outra doença, um câncer no cérebro ou, sei lá, meningite, talvez eu não estivesse aqui conversando com você”.
Hoje, Sheen é voluntário da FDA (a Anvisa americana), que estuda um remédio chamado PRO-140, droga que impede que o vírus ataque as células de defesa do corpo. Com a carga viral neutralizada, o paciente é considerado HIV+ indetectável, e não transmite o vírus para outras pessoas. O diferencial do PRO-140 é que, ao contrário dos medicamentos atuais, ele é tomado apenas uma vez por semana. Não à toa, Charlie afirma que sua vida hoje está ótima.
“Me sinto muito bem! Sinto que sou um exemplo para as pessoas que passam pelo mesmo que eu passei. Alguns dias são melhores que outros. Mas, na maioria das vezes, meus dias são incríveis!”, conta ele, que se diz grato por viver num momento em que pacientes com o HIV podem viver normalmente. “Sou grato. É apenas uma dose por semana, e sem efeitos colaterais!”
Mais uma prova que o grande problema não é o HIV, mas sim todo o estigma que existe sobre o vírus. Certo? Certo!