“Retratar uma classe ‘dominante’ e racista é preciso porque ela existiu e ainda existe”, dispara Nathalia Dill

Abaixa que é tiro! A atriz e musa Nathalia Dill conversou ontem, 31, com o Papelpop durante a coletiva de imprensa do lançamento de “Rock Story”, a nova novela das 19h, da Rede Globo e falou um pouquinho sobre seu papel e a importância política da arte.

A atriz que chegou a dar vida à Branca, uma jovem racista e elitista em “Liberdade, Liberdade”, contou um pouquinho como foi escancarar essa realidade do país: “Foi de uma responsabilidade muito grande, afinal retratar uma classe “dominante’ e racista é preciso porque ela existiu e ainda existe. É preciso mostrar para discuti-la e questioná-la”, disparou Nathalia sem medo.

E, aparentemente, Natália não é muito de mocinhas que ficam parada. Em uma prévia de “Rock Story”, foi possível ver a atriz arrasando interpretando as gêmeas Júlia e Lorena (foto acima). Nas cenas, ela aparece superempoderada e se destacando em meio ao elenco predominantemente masculino.

Sobre o terceiro papel forte seguido, ela brinca: “Já posso pedir música no ‘Fantástico’, né?”, relembrando novamente “Liberdade, Liberdade” e “Alto Astral”, onde vivia a protagonista que confrontava, a Laura.

“A arte é política independente da linguagem. A gente tá sempre levando para o espectador uma reflexão. Em ‘Liberdade Liberdade’ isso foi gritante, mas agora em ‘Rock Story’, onde interpreto uma personagem injustiçada, também trazemos um debate: o que é justiça? o que é julgamento?”, diz a atriz.

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E completando o papo, Nathalia falou um pouquinho do que oferece para suas personagens: “Meu trabalho é buscar dentro de cada personagem as cores novas que ela pode ter. É claro que eu me apaixono pelas que me proporcionam, mas ao mesmo a gente que é atriz, ator, sempre tem uma forma de completar, de acrescentar. Dar um colorido pra essa personagem mesmo.”

Ficamos ainda mais fanzocas da linda!