Nos últimos dias, alguns veículos, como a Dazed and Confused e o Gay Times, começaram a publicar sobre esta série norueguesa, dizendo que ela é a “Skins” dos tempos atuais. Curioso, não?
Fomos fuçar. Fomos conhecer. “Skam” quer dizer “vergonha” (em tradução literal) e fala sobre um grupo de estudantes do ensino médio, moradores do subúrbio de Oslo – capital da Noruega. O seriado fala sobre suas lutas, sonhos, sexo e outras questões que todo adolescente enfrenta.
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Cada temporada é focada num personagem diferente, com a história contada a partir de seu ponto de vista. A terceira, em exibição atualmente, tem Isak como protagonista – um jovem que começa a descobrir sua homossexualidade e se afasta dos amigos após se apaixonar por outro garoto. Veja o trailer:
Muitos elogiam a forma que a história é desenvolvida, dizendo que sempre é possível se identificar com os problemas mostrados em tela. Entre os temas já abordados em “Skam”, estão islamofobia, homofobia, feminismo, abuso sexual – inclusive vindo do próprio parceiro da vítima -, transtornos alimentares e doenças mentais.
O mais legal ainda é que a série está inovando bastante em interatividade com conteúdo postado online neste site, em tempo real, simulando interações entre os personagens. Ou seja, se o programa mostra uma festa acontecendo às duas da manhã, então nesse horário é postado um vídeo do evento. A cada sexta-feira, todo o conteúdo publicado é reunido em um só episódio.
Além disso, os fãs ainda podem interagir com os personagens em perfis falsos criados no Facebook e Instagram. Também são divulgadas supostas mensagens de texto trocadas entres eles, levantando especulações sobre o que irá acontecer no episódio da semana.
Desde a estreia em 2015, a série se tornou um fenômeno na Noruega, sendo assistida por grande parte dos habitantes. Para se ter noção, alguns episódios da segunda temporada chegaram a alcançar 1,3 milhões de espectadores – sendo que a população do país é de 5 milhões de pessoas.
E se você se pergunta de onde surgiu “Skam”, foi do nada mesmo. O canal NRK não investiu em publicidade e alguns atores ainda mantêm outros trabalhos (a atriz que faz a Noora trabalha como atendente de telemarketing). Todo o sucesso veio com a disseminação pelas redes sociais.
Há relatos de que o programa está causando problemas entre os jovens, que estão ávidos por conteúdo. Alguns deles estariam até deixando de ir para a escola e de dormir para ficar atualizando o site da série, em busca de novidades dos personagens.
Se você ficou curioso para assistir a “Skam”, não há problemas. Até no Brasil o seriado já conquistou seu público, que vem legendando os episódios e postando online.