Você já sabe, né? Toda segunda-feira a gente traz um assunto mega leve, descontraído e por vezes emocionante para animar e dar esperanças para o seu começo de semana com a coluna “Segunda Feliz”.
E, olha, essa segunda está especialmente feliz. Estamos aqui radiantes! Já é uma delícia ter os Jogos Olímpicos sendo realizados no Rio de Janeiro, pela primeira vez na América do Sul, mas é melhor ainda quando a gente tem uma história de superação linda de uma brasileira, que acaba de conquistar a primeira medalha de ouro do nosso país na competição.
Rafaela Silva, de 24 anos, está em sua segunda olimpíada. Na primeira, em Londres, em 2012, ela chegou às oitavas de final e acabou sendo desclassificada na luta contra a húngara Hedvig Karakas. O motivo foi controverso, uma “catada” de perna, golpe que havia se tornado ilegal pouco tempo antes da olimpíada daquele ano.
Quem viu, com certeza se emocionou. Rafaela caiu no chão, no choro e ficou inconsolável com o seu próprio erro. Mas sabe o que é pior? A dor só aumentou: a atleta precisou enfrentar nas redes sociais uma série de comentários racistas baixos, nojentos, que a desestabilizaram mais ainda.
“Eu cheguei no quarto, peguei meu celular querendo um amparo, uma ajuda e só tinha mensagem falando que lugar de macaco era na jaula, não era na olimpíada, que eu era a vergonha pra minha família, então, eu acho que doeu muito”, disse Rafaela sobre o acontecimento para o Globo Esporte.
Por isso, nesta segunda-feira (08), o dia foi especial. A Rafaela não só derrotou a húngara Hedvig Karakas nas quartas de final do peso leve do judô na Rio 2016, como se classificou para a final da categoria, garantindo uma medalha para o Brasil!
Acha que parou por aí? Nada disso! Na luta contra Dorjsürengiin Sumiya, da Mongólia, Rafaela conquistou O OURO! Seu primeiro ouro, o primeiro ouro do Brasil em casa na Rio 2016!
Foi lindo demais! E emocionante, né? Uma luta equilibrada, mas liderada por Rafaela, que conseguiu segurar seu ponto até o final, se sagrando campeã olímpica, em casa, no Brasil!
E não só isso, né? Para estar lá, nos Jogos Olímpicos, Rafaela enfrentou também uma infância humilde, na Cidade de Deus, no próprio Rio de Janeiro. Lá na comunidade, ela foi descoberta pelo treinador Geraldo Bernardes e passou a treinar no Projeto Reação, do judoca Flávio Canto, onde após poucos anos de treino se sagrou campeã mundial júnior com apenas 16 anos.
O ouro é da Rafaela, do Rio, do Brasil e da nossa segunda-feira, que ficou ainda mais feliz!