MTV está reconsiderando transmitir VMA ao vivo e deve investir mais em outras plataformas

Rolou o VMA 2016 no domingo passado (28) e apesar da queda considerável no número de telespectadores, a audiência na internet/dos streams cresceu muito. As transmissões do Facebook, por exemplo, cresceram 938%.

Segundo o The Hollywood Reporter, a MTV está prestando atenção nessa mudança de consumo e está reconsiderando transmitir as próximas edições da premiação ao vivo. Como assim? A gente explica.

De acordo com dados da própria MTV, havia 149 milhões de streams de conteúdos do VMA 2016 online entre domingo e segunda. Isso é resultado tanto da transmissão pelo site da MTV quanto pela postagem de trechos e vídeos de performances em plataformas como Snapchat, Facebook, Twitter, YouTube e outros. Vocês notaram que no Facebook da emissora as apresentações dos artistas eram upadas rapidamente? Pois é.

A maioria desses streams – 86 milhões – vieram na segunda (29), e não no dia da premiação, porque as pessoas ouviram falar de acontecimentos do VMA e queriam assistir no dia seguinte.

O presidente da MTV, Sean Atkins, está atento a isso.

“Em um mundo de multi-plataforma, onde eu posso vivenciar tudo no meu feed de amigos no Facebook que estão em Nova York, é melhor transmitir ao vivo?“, disse. E aí vem o ponto chave do que pode vir a ser a tal mudança: “Essencialmente, você dá a todos acesso igual para cada plataforma ao mesmo tempo (…) Os dias em que você vai à TV se foram. [Hoje] a TV vem até você“.

Novamente pegando o Facebook como exemplo, o site aponta que em 2015 havia 4.4 milhões de streams de conteúdo do VMA; este ano, foram 45.8 milhões. A diferença é gigantesca!

Agora, a grande questão da MTV é como transformar esse novo modelo em ganho financeiro, já que o VMA costuma ser transmitido nos Estados Unidos em um horário onde empresas pagam mais para colocarem seus comerciais no ar – significando mais dinheiro para a emissora. O The Hollywood Reporter diz que todos os vídeos em streams tinham pequenos comerciais, mas menos rentáveis do que os da televisão tradicional.