“Justiça” ontem à noite na Globo foi tiro, cadeia e sexo!

Em um acesso de ciúme, Vicente (Jesuíta Barbosa, meu marido) mata a tiros a noiva, Isabela (Marina Ruy Barbosa, inveja capilar forte), ao pegá-la com um ex no chuveiro. Aí o Vicente é preso em flagrante e cumpre sete anos de pena. Para a mãe de Isabela, a Elisa (Debora Bloch), a punição não foi suficiente: ela planeja matar Vicente assim que ele sair da cadeia. Elisa tem sede de vingança. Ou seria de justiça?

Esse é o questionamento proposto por “Justiça”, nova minissérie da Globo, que estreou ontem à noite. Rolou muito peitinho, muito sangue e muitos bafos, mas o grande tema é como cada um reage a justiça.

A autora, a baiana Manuela Dias, de 39 anos, é quem explica melhor: “A minissérie não é sobre as leis, não tem tribunal, não tem cena de cadeia, não tem nada disso porque a ideia é ver, depois que a justiça morde o seu quinhão, o que que sobra da vida das pessoas. Então, na minissérie as pessoas já cometeram os atos considerados criminosos, já foram presas, já foram soltas e aí começa […]”.

A justiceira Elisa (Debora Bloch). Piscadinha sensual de Camões.

A trama de Vicente e Elisa é apenas uma das quatro que se entrelaçam em “Justiça”. Ainda veremos Fátima (Carminh…, opa, Adriana Esteves), que passa sete anos na cadeia acusada injustamente de tráfico de drogas.

Veremos também a Rose (Jéssica Ellen), vítima de racismo por parte da polícia, que também é presa injustamente por tráfico. E Maurício (Cauã Reymond, meu outro marido), que faz uma eutanásia na mulher, a tetraplégica Beatriz (Marjorie Estiano, ano que vem também, risos), a pedido dela. Eutanásia é crime, então Maurício vai preso também. Ou seja, só tragédia.


Vicente (Jesuíta Barbosa), Fátima (Adriana Esteves), Rose (Jéssica Ellen) e Maurício (Cauã Reymond). Se organizar direitinho, vai todo mundo em cana.

Numa pegada “Amores Brutos (2000)” e “Crash – No Limite (2008)”, a minissérie tem visual caprichado, trilha sonora incrível (Iggy Pop, Arcade Fire, Rufus Wainwright), roteiro e atores afiados, direção na medida, Jesuíta Barbosa de sunga (valeu, Globo), CARMINHA PRESA, Marina Ruy Barbosa morta no primeiro capítulo porque não quis cortar as cabela ruiva de novo (brinks) e, o mais importante, vou repetir: CARMINHA PRESA. Mentira, o mais importante é o que está faltando em muita série ultimamente: a vontade de continuar vendo.

Em “Justiça”, dá vontade de ver o próximo capítulo. Aleluia! Exemplo: não dá pra ver na frente do papai e da mamãe as cenas de sexo não, amiguinho, e as de violência não poupam sangue nem os sentidos. Viewer discretion is advised. Quer ficar de boinha, vai ver Dumbo. Se bem que… Bom, é isso! Bjos. Me diz o que vocês acharam de “Justiça”?

Posts Relacionados