O empoderamento feminino é a maravilhosa atitude (ou milhares delas) que algumas mulheres têm em relação ao patriarcado e a sociedade machista – mostrando que a luta pela igualdade de gênero está cada vez mais forte.
Para homenagear essas mulheres, o Papelpop resolveu fazer uma listinha com algumas personagens de diversas séries que mostram em seu cotidiano o quão poderosas as mulheres podem ser!
[ALERTA DE SPOILER – O texto faz um breve resumo das personagens de algumas séries, porém pode ser que alguma das informações sejam spoilers.]
How To Get Away With a Murder
Antes de falar de “How To Get Away Wiht a Murder”, vale lembrar que a Shonda Rimes, produtora executiva da série, arrasa no que faz quando o assunto é empoderamento. Ela também participa da produção de Scandal e Grey’s Anatomy.
Voltando à série, “HTGAWM” é estrelada pela musa suprema Viola Davis, que interpreta uma advogada super bem sucedida e professora de direito criminal que segue a linha bem durona com seus alunos. Ela prova o quanto as mulheres podem ser assertivas, estrategistas, objetivas, calculista e brilhantes. A cada causa que ela ganha (e faz tudo que pode para ganhar), ela representa, além do empoderamento feminino, a representatividade negra. Annalise Keating é realmente uma inspiração para mulheres em todo o mundo, principalmente aqui, num país como o nosso, que sofre preconceitos de gênero e raciais!
Sobre o fato de ela ser uma mulher bem durona, não vamos dar spoilers, mas são muitos os motivos que a tornaram assim. E o fato dela conseguir superar tudo e ser tão bem sucedida, mostram quão forte ela é.
Ah, e pra quem não sabe, a atriz Viola Davis ganhou o Emmy de Melhor Atriz na categoria “Série Dramática” com “How To Get Away With a Murder”, sendo a primeira negra a conquistar o prêmio.
Jessica Jones
Ela é quem dá nome a série, é quem protagoniza e é quem nos ensina a lutar como uma garota! Inspirada nos quadrinhos da Marvel, “Jessica Jones” veio pra provar que histórias em quadrinhos estão longe de fazer parte de um universo restrito aos garotos.
A personagem Jessica Jones (Krysten Ritter) mostra pro mundo que mulher não é sinônimo de doçura, muito menos de fragilidade – ela tem o poder da super força, e pode dar saltos super altos. Além disso, ela não se importa com a moda, vive num apartamento super desorganizado e bebe álcool absurdamente. Todas as regras que a sociedade impõem para as mulheres são simplesmente ignoradas e pisadas pela personagem.
Outro ponto interessante, é a maneira incrível como a série aborda o relacionamento abusivo vivido por Jessica e o vilão Killgrave (David Tennant), que estabelece um terrorismo psicológico muito grande sobre ela.
Isso sem falar nas cenas românticas protagonizadas por Jesica e Luke Cage (Mike Colter), que também tem superpoderes, e que na hora do sexo é segue os comandos da protagonista.
A primeira temporada de “Jessica Jones” está disponível na Netflix e a segunda temporada já foi confirmada.
American Horror Story
Pra quem não sabe, “American Horror Story” é uma série que a cada temporada muda sua narrativa, porém utilizando os mesmos atores. Nesse tópico, vamos falar especificamente da segunda temporada, vivida num manicômio.
Lana Winters (ou Lana Banana rs), vivida por Sarah Paulson, é uma repórter que, no início dos anos 60, deseja realizar uma reportagem nas instalações desse tal manicômio, com a certeza de que isso garantirá sua ascensão na carreira. Acontece que as entidades religiosas que governam o local não aceitam isso muito bem e a insistência de Lana acaba lhe custando caro.
Sem muitos spoilers do que acontece com Lana nessa jornada, podemos afirmar que ela se mostra uma mulher extremamente forte e determinada. Primeiro, pelo fato dela ser uma repórter e buscar seu lugar ao sol numa década onde mulheres tinha a “função social” de manter o lar. Segundo porque, apesar de não tornar público, Lana é lésbica e isso lhe faz pagar um preço muito alto na trama. Muitos são os sofrimentos vividos pela personagem, principalmente aqueles acarretados pela sua orientação sexual e por ser mulher, mas ela tem uma história de superação incrível que prova o quão fortes nós podemos ser!
Game of Thrones
Sabemos que a série traz muitas personagens poderosas e poderíamos facilmente falar de várias delas. Mas vamos falar aqui da Daenerys Targaryen (Emilia Clarke), também conhecida por Filha da Tormenta, a Não Queimada, Mãe de Dragões, Rainha de Mereen, Rainha dos Ândalos e dos Primeiros Homens, Senhora dos Sete Reinos, Khaleesi dos Dothraki, a Primeira de Seu Nome e por aí vai. Lá na primeira temporada, vemos a moça totalmente submissa aos comandos do irmão, que manda e desmanda no corpo dela, e a vende para o rei dos Dothraki em troca de um exército. Só que essa mudança na vida da personagem, a qual ela não tem escolha nenhuma, lhe causa uma transformação profunda – e não é pouco o sofrimento dela a chegar no novo reino.
Com o passar dos capítulos e temporadas, Daenerys passa por muitos momentos difíceis, mas que lhe trazem um poder enorme. Ela descobre que em seu sangue corre a genética dos dragões, herança de sua família, e se torna a mãe dos dragões. A partir daí, ela toma a frente do exército e entra na luta pelos Sete Reinos. Numa série onde as mulheres são tratadas como inferiores e não tem espaço na luta política, Daenerys representa muito bem o poder feminino.
Sense 8
Entre tantos motivos para assistir essa série, como roteiro, fotografia, trama inovadora, o empoderamento feminino também é um deles! Pra quem não conhece, “Sense 8” trata de mostrar a história de oito pessoas espalhadas pelo mundo e que estão conectadas de uma maneira sobrenatural. Desses oito personagens principais, quatro são mulheres: Kala (Tina Desai), Nomi (Jamie Clayton), Riley (Tuppence Middleton) e Sun (Doona Bae).
Mas aqui falaremos de duas em especial. Comecemos por Sun, que é mestre em artes marciais e dirige a empresa da família. A Coréia é um país, como tanto outros pelos mundo, patriarcal. Tanto é que, antigamente, as mulheres tinha o “dever” de ter ao menos um filho homem para que ele levasse o sobrenome da família para frente e, em muitos casos, as famílias se entristeciam com a chegada de uma menina primeiro.
Bom, nesse contexto, Sun sofre bastante e chega até a ir para a prisão para acobertar desvios de dinheiro do irmão – já que o escândalo seria muito maior se fosse a público que um homem fez isso. Porém é lindo ver a força sobrenatural que essa personagem tem. Ah, e lembra que citamos que ela é mestre em artes marciais? Pois então, sensacional quando ela é subestimada por ser mulher e lutar e simplesmente humilha a qualquer um!
Outra personagem que merece destaque é a Nomi, que nasceu no corpo de homem e faz uma readequação de sexo. Além disso, a personagem mantém um relacionamento lésbico com Amanita. Infelizmente, sua família não aceita Nomi, nem sua namorada, e insiste em chamá-la pelo seu nome masculino – fato que a incomoda muito. Porém essa é mais uma personagem que tem uma força absurda para enfrentar os problemas!
House of Cards
Infelizmente, no Brasil e em diversos lugares do mundo, o cenário político é predominantemente dominado pelos homens. Que sorte a nossa seria se mais Claires Underwood mudassem um pouco essa realidade.
Na série, Claire é a mulher de Frank Underwood e, assim como seu marido, é obstinada a lutar pelo poder e, juntos, eles enfrentam a todos para que um dia Frank chegue na presidência dos Estados Unidos.
Claire (Robin Wright) é uma mulher super inteligente, tem interesses em assuntos políticos, tem seu próprio negócio. O legal da série é justamente isso: ela ocupa uma posição que historicamente não é ocupada por mulheres. Além disso, ela optou por uma carreira profissional ao invés de formar uma família (nada contra mulheres que escolham ter família, desde que essa não seja sua única opção).
Em um determinado episódio da série, o tema da desigualdade salarial entre homens e mulheres é trazido à tona – um assunto que deveria ser discutido também no mundo real…
Sem dar muitos spoilers, nas temporadas mais recentes de “House of Cards”, a Claire ainda percebe que ela também não precisa apoiar apenas a ascensão política do marido e começa então a lutar pelo seu próprio poder político, doa a quem doer – inclusive ao Frank.
Participação da mulher na política? Queremos!
Orphan Black
Óbvío que a série canadense de ficção científica da BBC americana não poderia ficar de fora dessa lista. Orphan Black começa com a golpista Sarah Manning roubando a vida de Elizabeth Childs, uma mulher que se suicidou e é parecida com ela. Porém, no desenvolver da trama, Sarah percebe que ela e Elizabeth são clones e dividem o mesmo material genético!
A atriz Tatiana Maslany interpreta ao menos oito personagens diferentes. Mas, novamente, sem muitos spoilers, vamos direto ao ponto. O legal da série é que personagens mulheres são colocadas como heroínas, deixando super em evidência a autonomia feminina. Isso porque nenhuma delas precisa de homens para salvá-las, elas se resolvem sozinhas.
Essa história de clonagem das mulheres faz com que homens, cientistas e religiosos, tentem interferir em suas vidas e usá-las para reprodução. E elas lutam fortemente, ajudando-se sempre, para provar que são donas de seus próprios corpos. Cada uma tem sua vivência, suas próprias lutas por autonomia, mas sempre sabendo se colocar no lugar da outra – a famosa empatia. Isso de muitas maneiras reflete a realidade das mulheres até hoje na sociedade patriarcal.
Viva ao empoderamento das mulheres de Orphan Black!
Scandal
Quem conhece a série, automaticamente pensou na diva da Olivia Pope, certo? Interpretada por Kerry Washington, a personagem, ex-funcionária da Casa Branca e criadora da Pope & Associates, trabalha na área de relações públicas livrando seus clientes de escândalos, como o próprio nome da série sugere.
Numa área super delicada, Olivia arrasa, é extremamente habilidosa no que faz e não se amedronta com os homens que tentam intimidá-la constantemente. Além disso, ela não liga para o que pensam e falam dela, a RP faz o que sabe fazer de melhor e pronto. Ver uma mulher, negra, e com uma carreira hiper bem sucedida é algo que a TV não mostrava num passado bem próximo.
Olivia prova que uma mulher não precisa necessariamente ter um homem ao lado. Quer ser feliz num casamento? Pode! Não quer? Você pode viver sozinha em seu apartamento próprio e ser muito feliz assim!
Outra série de Shonda Rhimes, outra mulher empoderada!
E aí, gostou da seleção desse time de mulheres empoderadas e poderosas? Quem mais você agregaria a essa lista?