Foi um ano bonito para o cinema. Tudo bem que com o estouro de serviços de streaming como o Netflix todo mundo tenha ido menos ao cinema em 2015, mas mesmo assim muita gente foi conferir estreias imperdíveis como “Mad Max” ou “Vingadores: Era de Ultron”.
E não há nada melhor que ver um filme num telona de cinema decente, certo? De todos os lançamentos que vimos em 2015, listamos neste post os 15 filmes mais legais do ano. Vale salientar que há vários filmes excelentes rolando pelo exterior, como “Carol” e “O Regresso”, mas que não tivemos a chance de ver e só chegam em terras brasileiras no começo de 2016.
Aqui está a nossa lista dos quinze melhores filmes (que vimos) de 2015:
1º) “Mad Max: Estrada da Fúria”
Com absoluta certeza, o melhor filme do ano e dos últimos anos no gênero de ação. “Mad Max: Estrada da Fúria” quebrou a mesmice das perseguições de carro, mundo pós-apocalíptico e personagens generalizados dos filmes de ação e nos apresentou uma obra linda, explosiva e de prender a gente na poltrona.
George Miller criou um universo lindo e sequências de ação que nos prende até o final. Isso sem falar da história, que fala do empoderamento das personagens femininas que marcou a retomada da franquia que ele mesmo criou nos anos 80.
Veja a nossa resenha completa aqui!
2º) “Star Wars: O Despertar da Força”
Valeu a pena toda a ansiedade e espera. Após dez anos da segunda trilogia de “Star Wars” do George Lucas, J. J. Abrams retoma a saga mais famosa do cinema com triunfo e resgata o universo dos primeiros filmes com novos elementos sem estragar seu legado.
As referências às épocas passadas, incluindo os personagens já famosos, são de arrepiar qualquer adorador da série. Além disso, o diretor deu uma repaginada na galáxia com novos dróides divertidos, cenários igualmente lindos e personagens bem desenvolvidos.
Sem contar com a grande surpresa que é a personagem Rey, que revelação. Veja a nossa resenha!
3º) Divertida Mente
Fazia tempo que a Pixas não desenvolvia uma animação que é tão divertida e inteligente ao mesmo tempo. “Divertida Mente” dá vida às nossas emoções e nos apresenta uma lição sobre a passagem do tempo, o desenvolvimento da vida e como lidamos com nossas crises. Melhor ainda, deixa isso divertido e faz a gente chorar e rir.
Pode facilmente ganhar o Oscar de Melhor Animação e arriscamos dizer que é a melhor animação deles desde “Toy Story” na nossa resenha. Também conversamos com o diretor, Peter Docter, e o produtor Jonas Riveras sobre o filme.
4º) “Spotlight”
Tinha ouvido falar muito bem de “Spotlight”. Fui ver com muita curiosidade. Imagina só: um filme de jornalismo investigativo com Mark Ruffalo, Michael Keaton, Rachel McAdams e Liev Schreiber? Quero! Mas confesso que tive certo medo de não gostar tanto assim. Logo imaginei que pudesse ser daqueles filmes que mostra o trabalho salvador e heróico de jornalistas (na história, eles descobrem um escândalo de pedofilia envolvendo dezenas de padres em Boston).
Logo imaginei que veria algo como “Newsroom” ou como qualquer outro filme que mostra o trabalho de jornalistas com uma visão romântica das redações, que pouco flerta com a realidade. Nada disso. O filme é genial porque não aponta vilões e mocinhos, como se tudo fosse branco no preto. E também genial por conta das atuações de Mark Ruffalo e Michael Keaton. Vá ver no cinema se você é fã de um bom thriller investigativo.
O filme estreia no dia 7 de janeiro no Brasil!
5º) “Ex-Machina”
Fazia tempo que não aparecia um filme de ficção-científica que nos deixasse tão feliz pela inventividade, personalidade, mistério e trama bem contada. O ótimo thriller, “Ex-Machina” é um filme visualmente lindo que brinca com o fato da tecnologia ser algo também muito medonho. Destaque para os diálogos entre os personagens Caleb (Domhnall Gleeson) e Ava (Alicia Vikander), que fez do ambiente do filme um grande jogo de interesses que brincou com a gente até o desfecho chocante.
O sempre ótimo Oscar Isaac está apaixonante e ao mesmo tempo assustador nesse filme.
6º) “Perdido em Marte”
Ridley Scott acerta mais uma vez. Tinha tudo para ser mais um filme épico e ufanista sobre o homem no espaço, tinha tudo para ser mais um filme sobre os mistérios do homem chegando em Marte, mas apesar de abordar esses temas, o filme trata do assunto com muito humor, muita delicadeza e esperteza. Dá pra dizer que é um filme de ficção-científica com charme, com inteligência e uma roteiro maravilhosamente bem escrito. Matt Damon está ótimo no papel do astronauta que precisa sobreviver em Marte após ter sido abandonado em uma missão ao planeta e Ridley Scott continua com uma mão excelente para contar uma história.
7º) “Beasts of no Nation”
Um soco no estômago, um filme difícil de ver. O primeiro filme exclusivo do Netflix foi chocante. Estamos acostumados a receber Netflix no conforto de nossa casa como algo gostoso de se ver, como algo fácil. Estávamos acostumados a ver nossas séries favoritas. Mas aí eles trazem esse filme assombroso. Idris Elba é um líder de uma revolução, de uma guerra na Nigéria, que começa a recrutar crianças e adolescentes para a batalha. Ele se torna um pai, um líder para todas esses pequenos soldados que perderam os pais na guerra e é essa relação que faz o filme ser tão assustador. E também pelo fato de vermos crianças tendo que crescer forçadamente ao encarar a dureza de uma guerra. Chorei mais de três vezes vendo “Beasts of No Nation”.
8º) “Que Horas Ela Volta?”
Responsável por dar à Regina Casé e à atriz Camila Mardila os prêmios de Melhor Atriz no Festival de Cinema de Sundance, “Que Horas Ela Volta?” é um retrato sensível e carismático sobre a divisão de classes no Brasil. Um ótimo filme!
A personagem principal interpretada por Regina Casé é linda, esperançosa e, mesmo achando natural observar seus patrões vivendo por ela, deseja um futuro melhor à filha Jéssica. E esta já chega ao filme com os dois pés nos peitos dos hábitos da família e faz a gente se perguntar: “Por que a babá doméstica é só ‘praticamente’ da família?”.
Mesmo fora da corrida do Oscar, foi a principal aposta brasileira e teve ótimas críticas internacionais.
9º) “Whiplash”
O filme faz parte daquela leva que estreou no Brasil só depois das indicações ao Oscar, em janeiro. Não podia faltar na nossa lista, já que “Whiplash” tem uma abordagem ótima sobre os limites dos esforços para se criar um talento musical e mostra um olhar interessante da indústria.
“Whiplash” nos apresenta diálogos profundos e cenas intensas e desesperadoras sobre os limites físicos e psicológicos de alguém, com ótimas atuações de Miles Teller e J.K. Simmons (que levou o Oscar de Ator Coadjuvante pelo filme).
10º) “Steve Jobs”
O filme não mandou bem em bilheteria, até porque “mais um filme do Steve Jobs?”. Mas é uma surpresa maravilhosa! O filme faz um retrato sério do complexo e polêmico gênio da Apple na família e no trabalho sem tomar as dores ou defender ou julgar a personalidade da nossa época. Outro grande acerto: a atuação estupenda de Michael Fassbender e Kate Winslet, que no filme interpreta Joanna Hoffman, a mulher “por trás” de Jobs que funciona como a consciência do CEO.
Aaron Sorkin, que dirigiu “The Newsroom” e foi roteirista de “A Rede Social”, também dá o selo de ótima produção assumindo o roteiro do filme.
Mas dá pra dizer que o grande mérito desse excelente filme é a direção de Danny Boyle (“Trainspotting”, “Quem quer ser um milionário”?”), que decidiu contar a história em três partes, em três atos, como se fosse uma peça de teatro. E o jeito que foi filmado também surpreende. Os atores ensaiavam como se fosse uma peça, o diretor filmava, a produção encerrava e depois só voltava quando les já tinham ensaiado o segundo ato e assim era feito até o fim.
O filme estreia no dia 14 de janeiro no Brasil!
11º) “Corrente do Mal – It Follows”
Um filme independente do cinema norte-americano, um terror diferente, cheio de personalidade e assustador de verdade. “It Follows” foi uma surpresa boa de 2015. Na história, a gente acompanha o drama de uma menina que começa a ser perseguida por… Olha, é difícil contar sobre a história sem estragar. É mais fácil dizer que não existe um “monstro” ou um “bicho” específico que estamos acostumados a ver em filmes de terror. Aquilo que segue pode vir a qualquer hora e pode ser qualquer pessoa.
O filme de terror é uma surpresa e um sopro de criatividade para o gênero. Um belo acerto do diretor estreante David Robert Mitchell, que tinha feito apenas um longa-metragem antes deste.
12º) “Amy”
Sempre nos deixa apreensivo a ideia de um documentário oficial sobre uma estrela que ainda é tão querida. Sendo assim, é ótimo ver que “Amy” – o documentário de Amy Winehouse que nos deixou em 2011 – consegue ser respeitoso e tocante, sem nos deixar desconfiados sobre parcialidade.
O documentário nos mostra diversas filmagens caseiras e entrevistas nunca vistas, nos dando o melhor da Amy Winehouse saudável e fazendo justiça à fase mais obscura da cantora entregando possíveis culpados com uma edição sincera do produto final.
13º) “Missão: Impossível – Nação Secreta”
Taí um filme que fui ver no cinema achando que ia ser mais um filme de ação genérico do ano. Nada disso. Eu já tinha amado o anterior, “Protocolo Fantasma”, e este é mais um acerto de Tom Cruise e sua galera. “Nação Secreta” é divertido na medida certa, tem humor na medida certa, não é pretensioso, não quer ser chique ou cabeça e o resultado final é o que todo mundo precisa de um filme bom de ação: boas cenas de aventura, ritmo, carisma dos personagens principais e uma bela história.
E o mais novo “Missão Impossível” tem isso tudo.
14º) “Goodnight Mommy”
Um achado austríaco indie em meio a tantos filmes de suspense no mundo todo, “Goodnight Mommy” causou um alvoroço na internet logo pelo trailer perturbador e ficamos chocados por ver que o filme completo consegue ser mais torturante ainda.
O filme ganha por nos convencer de uma trama para depois brincar com a gente, revirar tudo e nos dar cenas difíceis de olhar sem querer virar o rosto. Com certeza um dos melhores filmes do gênero em 2015.
O filme estreia no dia 21 de janeiro no Brasil!
15º)”Jurassic World”
O parque foi reaberto e matamos uma saudade que não sabíamos direito que estávamos sentindo. Em meio a tantas franquias antigas voltando, “Jurassic World” conseguiu conquistar um ótimo espaço com um filme que traz o universo do “Jurassic Park” sem parecer um filme de ação batido.
Além do novo dinossauro vilão que consegue ser aterrorizante e sequências de ação interessante, “Jurassic World” nos dá personagens bem construídos e um Chris Pratt que convence como herói. Um dos melhores blockbusters desse ano!