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Tudo o que você precisa saber sobre Sigourney Weaver, a diva da ficção-científica

Ela continua nas telas, continua sensacional, continua arrasando desde os anos 70. Se você for aos cinemas neste mês, por exemplo, vai ver a Sigourney Weaver como a grande vilã da ficção-científica “Chappie”, filme de Neil Bloomkamp, que estreia dia 16 de abril.

A atriz não é só familiarizada com o gênero como também é considerada a grande diva do sci-fi por sua personagem Ripley em “Alien” (1979). Tudo começou naquela época. Uma mega atriz num filmaço que inovou e marcou uma geração. A obra prima do diretor Ridley Scott vai ganhar um remake nas mãos de Bloomkamp e já sabemos que Weaver vai reprisar o papel, voltando ao seu reinado de quase 40 anos.

Como nós amamos essa diva maravilhosa, prestamos aqui nossa homenagem a essa que sabe como dar jeito a um xenomorfo.

Weaver é a grande representante do sci-fi e além da franquia “Alien”, esteve em “Avatar”, dublou em “Wall-E” e , em recente entrevista ao The Mirror, disse que o gênero “não ganha respeito o suficiente”, e até zombou do Oscar dizendo que ficção científica não é representada na premiação pois “a Academia é feita de gente com muita idade que procura filmes convencionais”.

Mas não é só disso que a atriz se destaca. Ela já atuou em filmes de comédia (começou com Woody Allen, quem diria?) e seus dois Globos de Ouro chegaram pela comédia “Uma Secretária de Futuro” e o drama “Nas Montanhas dos Gorilas”.

Então vaaaaaamos lá ao túnel do tempo…

Susan Weaver, nascida no entretenimento e amiga de Meryl Streep

Susan Alexandra Weaver nasceu em 8 de outubro (libriana!!) de 1949. Ela é filha da atriz Elizabeth Inglis (“A Carta”) e do grande poderoso presidente da NBC, Sylveste Weaver. Graças a isso, a nova-iorquina cresceu sabendo o que é cinema, televisão, Hollywood e a indústria.

A atriz foi uma adolescente rica louca que ia contra os pais, e aos 14 anos decidiu mudar o nome para Sigourney – tirado da personagem de “O Grande Gatsby”. Em 1971 ela se formou no Bacharelado de Artes em Literatura na faculdade de Stanford e no mesmo ano entrou na Universidade de Yale para se formar atriz.

Meryl Streep foi amiga (e caloura!!) de Weaver na Universidade. Dizem que naquela aquela época, a atriz se destacava bastante entre amigos e professores enquanto Sigourney não chamava tanta atenção assim. No final cada uma ganhou sua coroa, não?

Anos 70: estreia com Woody Allen e reinado em “Alien”

Três anos depois de se formar em Yalle, Sigourney fez a sua estreia tímida nos cinemas: uma pequena ponta em “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa“, de Woody Allen. Na verdade era uma participação TÃO pequena que nem mostrou o rosto e teve 9 segundos! Hahahaha ela diz hoje em dia que seu papel nem conta como atuação, mas foi a primeira vez que ela viu seu nome nos créditos.

Ela interpretou a namorada do Alvy no filme. Dá para ver a “participação” dela no vídeo a partir do minuto 1:05:

Alguns anos depois, Ridley Scott começou a mostrar a ela alguns rascunhos de planetas, ovos estranhos e alienígenas. Ela ficou tão surpresa com a ideia que não pôde recusar e aceitou viver Ellen Ripley, a famosa astronauta que sobreviveu a um ataque alienígena misterioso em “Alien” de 1979.

Além dela ter sido eternizada no cinema por viver um dos grandes passos da ficção-científica nos cinemas, Ripley era a protagonista feminina poderosa e sexy que deixou os amantes do gênero à loucura. Nem em “Star Wars” uma mulher havia brilhado tanto no espaço (desculpa aí, Princesa Léia).

A atuação em “Alien” lhe rendeu indicações ao Saturn Awards (premiação especial ao gênero) e ao BAFTA por melhor estreia de atriz num papel principal. Após o grande sucesso, as portas de Hollywood estavam abertas à atriz.

Anos 80: “Caça-Fantasmas”, Globo de Ouro e filme com Mel Gibson

Em 1982, ela formou par com Mel Gibson (na época que ele era galã!) no filme “O Ano em que Vivemos em Perigo“. No papel de Jill Bryant, uma funcionária da embaixada britânica na Indonésia, ela acompanha Gibson a cobrir o regime Sukarno no país.

O próximo momento da carreira dela veio dois anos depois no primeiro “Caça-Fantasmas“. Novamente, a nossa diva espacial atuou com atores já renomados, como Bill Murray. Ela viveu Dana Barrett, uma musicista nova-iorquina que vira uma espécie de “donzela em perigo” para o Dr. Peter Venkman, interpretado por Murray.

Um dos momentos mais engraçados do filme é quando Dana é possuída por Zul e vira uma mulher sedutora toda glamurosa! Hahahaha

Também foi em 1984 em que a atriz se casou com o diretor Jim Simpson. Atualmente, ambos têm uma filha de 24 anos chamada Charlotte.

Em 1986 veio “Aliens, o Resgate“, continuação do clássico de Ridley Scott que agora mostra uma Ripley menos apavorada e muito bem equipada combatento xenomorfos para salvar uma colônia de humanos.

Na verdade ela se saiu tão bem que foi indicada ao Oscar de “Melhor Atriz. Não é todo dia que vemos ficção-científica nessa categoria, certo? É o efeito Waver, rainha do sci-fi! Hahahaha o filme também levou a estatueta de Melhores Efeitos Especiais e Sonoros.

1988 foi o ano das grandes premiações: ela recebeu duas indicações ao Oscar, uma de “Melhor Atriz” pelo drama “Nas Montanhas dos Gorilas” e “Melhor Atriz Coadjuvante” por “Uma Secretária de Futuro”. Ela pode não ter levado a estatueta, mas levou o Globo de Ouro nas duas mesmas categorias.

Em “Nas Montanhas dos Gorilas“, Weaver interpretou Diana Fossey, uma cientista de verdade que viajou à África para estudar e proteger Gorilas numa montanha distante. O papel dela fez jus à indicação, a Diana dos cinemas era determinada e corajosa para enfrentar caçadores e ao mesmo tempo expressava um sentimento materno aos gorilas.

Pega esse trailer, de 1988. Uma pena ela ter perdido para Jodie Foster, que naquela época ganhou com “Acusados”:

Já em “Uma Secretária de Futuro“, Sigourney faz um papel divertido ao lado de Melanie Griffith (que estava em seu auge) e Harrison Ford. Indicado ao “Melhor Filme” na época, a comédia retratava uma secretária (Griffith) que após ser demitida se une à Ford para dar um golpe na chefe doente, interpretava por Weaver.

Basicamente, foi nos anos 80 que Sigourney Weaver consolidou sua carreira em Hollywood.

Anos 90: Mais “Alien”, vida de primeira dama e “Heróis Fora de Órbita”

Em 1992, a atriz recebeu um cachê multi-milionário (US$ 5.5 milhões) para reprisar o papel de Ripley em “Aliens 3“. O filme desafiou ainda mais a performance da atriz, que teve até seu cabelo raspado. E então ela se despediu da franquia em 1997 com “Alien – A Ressurreição“, onde é revivida e transformada numa fusão entre humano e Alien. No filme, ela luta ao lado de Winona Ryder e é vítima de situações bem grotescas contra os xenomorfos.

Depois ela vive a vida de uma primeira-dama provisória na comédia “Dave – Presidente Por um Dia“. A atriz interpreta a esposa de Dave Kovic, personagem de Kevin Kline que assume a presidência por um tempo para evitar um escândalo do presidente oficial.

Os dois atuaram juntos de novo em 1997, no filme independente “Tempestade de Gelo”, onde vivem com Joan Allen e os até então adolescentes Tobey Maguire, Christina Ricci e Elijah Wood um drama disfuncional onde uma família vive vícios em álcool, drogas e sexo.

Em 1994, ela se destaca de novo em “A Morte e a Donzela“. Em outro papel forte seu, ela interpreta uma ativista (Paulina) cujo marido sul-americano leva uma visita em casa. Ao desconfiar que o cara (Ben Kingsley) a torturou no passado, Paulina começa uma grande tortura psicológica contra ele.

O filme não foi um sucesso de bilheteria, mas vale a pena ser visto apenas pela atuação in-crí-vel de Sigourney Weaver! Ela está frustradíssima e desesperada para tirar uma confissão da boca do cara e então receber justiça por tudo o que sofreu!

Em “Jeffrey – De Caso com a Vida” (1995), ela simplesmente roubou a cena ao interpretar Debra Moorhouse, um ícone de sucesso de auto-ajuda entre jovens. O filme retrata a vida dos jovens americanos homossexuais que tem medo da AIDS e mostra Jeffrey, um gay amedrontado pelo vírus que conhece uma jovem soropositiva.

Ela sobe ao palco e por um tempão dá um show ajudando pessoas com autoestima baixa! Hahahaha Foi uma participação de uma cena, mas já valeu o filme inteiro.

Ela também já viveu a Rainha Má no filme “Floresta Negra“, uma versão de terror de “Branca de Neve”. O papel lhe rendeu um Emmy por interpretar tão obscuramente a vilã. O filme é mais fiel ao conto dos irmãos Grimm.

Vale a pena ver o filme porque tem todo um ar caótico diferente do conto de fadas. Weaver é uma rainha tão louca que bota a Raveena de Charlize Theron (“Branca de Neve e o Caçador”) no chinelo!

Já em 1999, a atriz interpretou o papel no qual afirma ser ela “caso conhecesse um alienígena, e não o que deve interpretar como Ripley em ‘Alien'”. Estamos falando da comédia sci-fi “Heróis Fora de Órbita“.

Ao lado de Tim Allen, Alan Rickman (o Snape!) e Tony Shalhoub, ela dá um pedaço de sua glória de ficção-científica à comédia boba sobre um elenco de uma famosa série de ficção científica que são raptados por alienígenas de verdade para ajudá-los numa guerra.

Apesar dos efeitos toscos, Sigourney afirma que amou atuar no filme e foi ótimo atuar com tantos nomes famosos da comédia.

Anos 2000: “Avatar”, “Chappie” e a volta de “Alien”

Sigourney Weaver atuou ao lado de Shia LaBeouf no filme “O Mistério dos Escavadores” (2003), onde fazia a diretora de escavadores que devem cavar um buraco gigante para achar um tesouro. Então em 2008 participou de “Uma Mãe para Meu Bebê” com Tina Fey e Amy Poehler (foto acima).

Uma menção honrosa: a atriz fez uma participação especial na animação “Wall-E” da Pixar (sim, você não sabia que tinha mais esse motivo para amar o filme). Ela deu a voz para o computador da grande nave onde Wall-E corre para salvar Eva. Que coisa mais fofa <3

Já conhecida por sua fama na ficção-científica, Sigourney Weaver ganhou novos papéis baseados em seu histórico bem sucedido no gênero. Foi o caso de “Avatar“, onde a atriz se uniu de novo com James Cameron (depois de “Aliens”) e interpretou Grace, a cientista e defensora dos Na’vi.

Não precisamos nem comentar que a Doutora Grace foi mais um papel excelente da atriz, sendo que seu desfecho até faz chorar!

Em sua faze zoeirinha, Weaver atuou em “Paul – O Alien Fugitivo” (2011) como uma chefona louca de um serviço secreto à procura de um alienígena (dublado por Seth Rogen). Em entrevista, a atriz disse que o filme foi uma carta de amor aos fãs de ficção-científica. “Achar uma comédia que homenageia o sci-fi é um sonho que se torna realidade”, diz.

Em 2012 ela atuou em “Vamps“, comédia com Alicia Silverstone e Krysten Ritter sendo vampiras jovem-adultas que se aventuram em Nova Iorque. Pode ser meio trash e aproveitar a onda de “Crepúsculo”, mas Weaver interpreta a rainha vampira, então vale a pena ver para ver ela reinar! Hahaha

Outro papel brilhante e recente foi em “Êxodo: Deuses e Reis” (2014) como Tuiu, uma nobre egípcia luxuosa. Aqui ela se reencontra com Ridley Scott após o sucesso de 1979 para reviver a bíblia de uma forma bastante épica.

E então, a partir de 16 de abril, você pode ir ao cinema ver Sigourney Weaver ser uma vilã com o Hugh Jackman em “Chappie“. Os dois querem destruir o robô domesticado por Dev Patel (“The Newsroom”) e pelo duo de sul-africanos Die Antwoord. Tem como ser mais épico?

Olha o trailer de “Chappie”:

Neil Bloomkamp, que dirigiu o filme e “Distrito 9”, aproveitou que estava lá trabalhando com a atriz e simplesmente a convidou para retomar a franquia “Alien”. E ela topou, para a alegria do universo.

Os dois vão trabalhar juntos no próximo filme, que, segundo a própria atriz, vai trazer uma continuação mais digna do clássico de 1979. Ainda sem data prevista de lançamento, ela reprisa o papel de Ripley no filme que vai ser produzido pela companhia de Ridley Scott.

E aí, preparados para ver Sigourney Weaver mostrando quem é que manda no sci-fi de novo? Podem começar a aquecer a adoração assistindo todos os filmes que essa linda fez durante quase 40 anos de carreira.

E que venha “Chappie” e o novo “Alien”!

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