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André Bankoff sobre o pegador cafajeste de “Babilônia”, internet, Brasil, fãs gays e mulheres

Quando você cita o nome André Bankoff, cada um recorda do ator vindo de um “canto” diferente. Alguns dizem que o viram nascer na Record, na novela “Bicho do Mato”, nove anos atrás. Outros lembram que ele iniciou os trabalhos televisivos na Rede Globo, em “Mad Maria” (2005) e “Bang Bang” (2006). Já os mais jovens falam do loiro em “Saramandaia” e os amantes do teatro contam que o viram há pouco tempo na peça “Não Existe Mulher Difícil”, interpretando mais de dez personagens.

Tá todo mundo certo, tá? Sem brigas. André fez tudo isso e muuuuito mais. E hoje, aos 33 anos de idade, o ator está prestes a marcar nossa memória com mais um personagem. E quando eu digo hoje não é só o momento atual, o ano de 2015. É o dia de hoje mesmo.

Nesta terça-feira (17), nós veremos a estreia de André Bankoff em “Babilônia”, a mais nova novela das 21h da Globo, escrita por Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga. E pode se preparar porque o personagem dele, o engenheiro Pedro, está “do lado negro da força” na trama.

Totalmente inescrupuloso, cafajeste, safado e ambicioso, ele será um dos amantes de Beatriz, interpretada por Glória Pires:

“Eles estão juntos para o que der e vier. São amantes e o interesse mútuo é pelo poder. Eles estão juntos pela presidência da empresa, na lavagem de dinheiro e conseguem tudo com a sedução”, avisa o ator.

Numa conversa com o Papelpop, André Bankoff não só falou muito de “Babilônia” como também mostrou sua admiração por Gilberto Braga, seu vício pelas redes sociais, contou se existe diferença entre fãs gays e fãs mulheres e mais…

Papelpop: Deu aquele frio na barriga quando soube que estava numa novela do Gilberto Braga?
André Bankoff: (risos) Nossa, foi demais. Eu me sinto um privilegiado porque numa novela de Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga o casamento é incrível. O texto é muito profundo e sempe acaba com um gancho no final que prende o telespectador. A gente sempre tem um friozinho na barriga. E a primeira cena com a Glória deu…

A Glória Pires te deixou intimidado?
Trabalhar com a Glória Pires é fantástico. Ela é uma atriz tão sensacional, uma das melhroes do nosso país. E o que é apaixonante é como ela grava com humildade e simplicidade. É uma escola. Eu observo cada olhar, entonação, gesto. Pra mim é esse combo de novela do Gilberto Braga e contracenar com a Glória e com direção do Dênis Carvalho. Pra mim é um presentaço.

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E o seu personagem Pedro é um dos grandes pilantras da novela…
(risos) Sim! Sim! É um mau caráter. O Pedro aparece hoje na novela, é um braço direito da Beatriz e tá envolvido com o trabalho na empreiteira e ele tem esse desvio de caráter. Eles se completam porque os dois são muito mau caráter. São amantes e o interesse mútuo é pelo poder. Eles estão juntos pela presidência da empresa, na lavagem de dinheiro e conseguem tudo com a sedução.

E rola uma pegação feroz então?
Sim! O personagem é um ótimo profissional, mas é cafajeste. Ele pega outras mulheres também. Ele vai passar por cima de quem quer que seja, vai usar a seducão, o charme e a palavra pra conseguir o que quer. Posso dizer que ele é um grande jogador. Eu tava conversando com a Glória e a gente viu que ambos se parecem. Ele sai com várias mulheres e ela com vários homens e ambos têm esse interesse mútuo pelo poder.

Temos muitos personagens gays em “Babilônia” e isso é muito legal. Sei que você já interpretou um gay no filme nacional “Do Lado de Fora”. Como você vê essa novidade na teledramatugia? Muita gente diz que é só pela audiência, que é oportunismo…
Eu não acho que seja oportunismo. Isso é mostrar a sociedade com ela é. Eu nunca tinha feito um personagem gay. Foi agora no filme. Na época que foi aprovado eu fui estudar, buscar informações… Fiquei chocado com algumas coisas sobre violência contra gays, por exemplo. Eu não sabia, mas Curitiba é sexta cidade do mundo onde se mais mata homossexuais. A gente ainda vive numa sociedade preconceituosa onde gays são agredidos. Eles sofrem e a sociedade precisa falar sobre o assunto e cada vez mais mostrar que eles estão aí.


Vídeo dos erros de gravação do filme “Do Lado de Fora” com Silvetty Montilla e André Bankoff…

Acredito que você seja assediado tanto por mulheres quanto por gays… Existe diferença na aproximação? Algum grupo é mais direto que o outro?
(risos) Olha, em relação à cantada, sempre que a gente anda por aí a gente está sujeito. E pra mim não tem diferença. O mais importante pra mim é respeitar o meu desejo. Pra eu te dar um exemplo… Existe mulher que vem cantar você e é super agressiva. Principalmente quando você não dá bola. Algumas humilham, xingam e isso pra mim é errado. Então, pra mim, o mais importante, sendo o fã gay ou mulher, é a educação e o respeito.

As novelas do Gilberto Braga sempre mostram a situação política do Brasil. “Vale Tudo”, por exemplo, foi exibida num Brasil com inflação gigantesca, Sarney e grande insatisfação dos brasileiros com a corrupção…
E hoje a gente vê o que está acontecendo novamente no Brasil… Em “Babilônia”, a novela vai abordar isso que estamos presenciando hoje: desvio de dinheiro, propina, corrupção… Eu acho importante esse papel, mesmo nós sendo atores. É importantíssimo retratar o cenário atual do Brasil.

Você foi para as ruas no dia 15?
Eu, como brasileiro, vejo a corrupção, o que está acontecendo com a Petrobrás, eu sinto com grito entupido na garganta. E o governo não assume. Como assim? A gente lá fora, pedindo para parar de roubar nosso dinheiro e nada acontece. Então é muito frustrante. Se a gente puder na TV conscientizar a luta pelos nossos direitos, pela falta de impunidade, ótimo. A gente paga tanto imposto e nada é revertido pra gente. É muito frustrante. Ontem eu fui na manifestação. Ao mesmo tempo que meu coração gritava, eu cheguei em casa e falei “caramba, cara… será que valeu a pena? Será que vai mudar algo?”.

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O quanto você é viciado na internet? Moderadamente? Muito? Eu sei que o Instagram (@andrebankoff) você curte…
Cara, eu vou te falar. Eu comecei a seguir vocês do Papelpop agora. O site eu leio há um tempo, curto as de cinema… Mas sobre a internet… Ela resolve nossa vida, né? Eu vivo no telefone vendo email, Whatsapp, a gente posta a vida no Instagram…

E isso é algo que incomoda ou você curte?
Eu curto, mas eu tive que comecar a me reeducar. Um exemplo: quando eu vou dirigir, eu juro pra você, eu tranco o telefone no porta-luvas (risos). Eu meio que me reeduquei pra não ficar no trânsito lendo mensagem. Porque é um vício. Eu não conseguia parar. E aí eu paro no sinal, abro o porta-luvas, pego o celular, o sinal abre eu jogo ele longe. Já tentei colocar no banco de trás, mas aí era pior porque eu tinha que me estender pra pegar (cai na risada). Mas eu gosto.

Você acha que a internet atrapalha a audiência da TV? Ou ela é uma ferramenta boa de divulgação?
Ela certamente veio pra ajudar, com certeza…

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Eu tenho que fazer a revista Boa Forma e perguntar do seu corpo… Como faz pra ter?
(risos) Ih! Eu sou o cara mais bagaceiro em relação à comida. Eu como de tudo.

Não é possível, André! Todo mundo que é sarado fala isso…
Mas é sério. Eu como de tudo. Eu nunca fiz dieta e não faço dieta. Como fritura, fast food pra caramba.

Então é abençoado geneticamente? Me fala então a coisa mais trash que você come…
Olha… O mais trash? Hmmmm… Que vergonha. Mas eu curto, por exemplo, comer Cebolitos com Coca-Cola. Mas um dia normal da minha vida é arroz, feijão, batata, bife, salada… Eu como de tudo. É que eu sempre fui atleta, nadei muito, fazia parte da equipe de natação de Americana, em Campinas. Nadei muito. Mas se eu tiver que pegar um personagem que precise mudar o físico, eu vou pegar. Se eu tiver que engordar, emagrecer muito. E isso eu vou fazer em breve…

Sério? Onde?
Ainda não posso contar, mas prometo que quando puder eu te falo. Vai ser complicado.

Além de “Babilônia”, onde mais o pessoal pode te ver? A peça “Não existe mulher dificil” vai continuar?
Ela continua em cartaz. Eu levo ela pro Rio agora, pela primeira vez. Essa peça foi feita pelo Marcelo Serrado em 2011. Eu comecei em 2013 com ela e até agora continuo. Com o grupo Tapa eu começo em “A Experiência” em outubro de 2015, vou fazer um mocinho perturbado na peça. Ele ganha dinheiro vendendo o corpo dele pra teste com antidepressivos, ele topa ser cobaia…

Ele topa comer Cebolitos?
(risos) Não…

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