O Lollapalooza 2015 vai abrigar uma variedade enorme de estilos. Vai ter pop com Pharrell e Marina & the Diamonds, eletrônico com Calvin Harris e Skrillex, folk com o Jack White, indie com o Foster The People e por aí vai…
No meio de tanta coisa, claro que tem que ter espaço para o que tá rolando de mais legal no cenário do rock nacional, né? A banda potiguar Far From Alaska é uma das representantes brasileiras do festival.
Não conhece ainda? A banda surgiu em 2012 e desde então vem fazendo um sucesso crescente pelo país e atraindo fãs famosos, como a vocalista do Garbage, Shirley Manson.
Com um rock alternativo que possui influências bem variadas, até de synthpop, o Far From Alaska já lançou o EP “Stereochrome”, em 2012, e finalmente lançou o aguardado primeiro álbum, “modeHuman”, no ano passado. O disco rendeu singles incríveis como “Dino Vs. Dino” e “Politiks”.
Em entrevista ao Papelpop, a Cris Botarelli, uma das vocalistas junto com a Emmily Barreto, falou sobre a expectativa para o show no Lollapalooza, sobre quem eles querem ver no festival e garantiu que o rock brasileiro está bem vivo e passa bem, obrigado.
PP: E aí, Cris, vocês estão ansiosos para o show do Lollapalooza? O que a galera pode esperar?
Cris: Estamos com problema de ansiedade já! A gente não tem muita firula, a gente sobe no palco e toca do jeito que a gente está acostumado, a gente espera que as pessoas se empolguem com o nosso som.
PP: Como foi a recepção do álbum de estreia de vocês?
Cris: A gente tava com muita expectativa desde que a gente lançou o EP. Sempre saíam reviews positivas, mas com um ‘agora vamos aguardar o álbum’ no final. Então a gente tentou não se preocupar muito com isso, a gente tentou não ligar para o que as pessoas estavam esperando e fizemos o disco da forma que a gente vinha fazendo até então. E foi muito bom ver que uma coisa que agradou a todo mundo da banda, também agradou ao público.
PP: Vocês já estão pensando no próximo álbum?
Cris: A gente começou a falar sobre isso, mas a gente ainda tem muita coisa para fazer com esse disco, não tem nem um ano que foi lançado. A gente ainda está em turnê com ele. Mas eu acho que esse ano a gente ainda pode começar a produzir um material.
PP: Vocês hoje são um dos principais nomes do rock nacional, como que vocês veem essa cena?
Cris: As pessoas falam muito que o rock morreu, ou que não existe mais rock no Brasil, mas a gente vem de uma realidade onde isso é mentira. A gente, aliás, é produto de uma cena. A gente sempre teve banda, a Far From Alaska é mais uma nas nossas vidas. Quanto mais a gente roda pelo Brasil, por vários festivais, a gente vê que tem muita coisa legal sendo feita por aí, a fase é ótima. Acho que nunca se produziu tanto e com tanta qualidade quanto hoje. Isso é massa!
PP: O que vocês gostam de ouvir?
Cris: A gente tem certas divergências em relação ao que cada um escuta (risos). É bem diverso e a gente gosta que seja assim. Os meninos são mais roqueiros. Emmily e eu gostamos muito de pop. Cada um gosta de uma coisa e isso é muito legal pra quando a gente vai gravar. Se não tiver preconceito – roqueiro às vezes é meio preconceituoso (risos) – todas as influências são válidas.
PP: Além de tocar vocês vão curtir o Lollapalooza, né? Quais artistas vocês querem ver?
Cris: Por unanimidade a gente quer ver o show do Jack White, é algo que é comum na banda, todo mundo tá louco pra ver. Particularmente, eu quero muito ver Marina & the Diamonds, a Emmily quer ver o Skrillex, o Lauro (baterista) é doido pelo Alt-J… Emmily e eu também queremos ver a St. Vincent, que a gente descobriu a pouco tempo. Se a gente for mapear o que cada um quer ver, vai dar o line-up inteiro.
PP: E qual seria a parceria dos sonhos do Far From Alaska?
Cris: Seria o Jack White, acho que tem tudo a ver. Não sei se ele acharia isso! (risos) Mas a gente acha, seria muito massa. Ele é muito doido, gosta de experimentar coisas, a gente também.
PP: Vocês querem fazer um convite para a galera curtir o show do FFA no Lolla?
Cris: Claro! Todo mundo tem que ir e curtir. É importante a galera que está num festival conhecer os show de bandas novas, que eles nunca viram. Essa é grande sacada de um festival, descobrir coisas novas. Você pode sair de lá fã de uma banda. Eu espero que mesmo quem não conheça a gente veja o nosso show.